Alto Tietê - Condemat vai recorrer para flexibilizar a partir de 1º de junho
A quarentena no Alto Tietê foi prorrogada hoje pelo governador João Doria até pelo menos 15 de junho.
Por Diário TV 2ª Edição
Com isso, os mesmos serviços que estavam autorizados a funcionar serão mantidos. A medida foi tomada porque a região está no nível vermelho de contágio da doença.
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) foi contra a decisão e prometeu adotar medidas para reverter a situação.
Nessa situação também estão todos os demais municípios da Grande São Paulo e da Baixada Santista. Nas demais regiões do estado haverá uma flexibilização a partir de 1º de junho.
Nesta quarta-feira (27), o governador João Doria (PSDB)informou em entrevista coletiva que os critérios para decidir quais municípios podem gradualmente retomar o comércio e serviço são o número de casos, evolução da doença e ocupação de leitos.
As regiões paulistas receberam diferentes cores que significam a fase atual de enfrentamento ao novo coronavírus.
A capital paulista está na cor laranja, que é a fase II. Nela alguns setores podem reabrir. Todo o Alto Tietê, Grande São Paulo, a Baixada Santista e Vale do Paraíba estão na fase I, na cor vermelha. Nessas cidades, nada muda, pelo menos até o dia 15 de junho, quando haverá uma nova avaliação.
“A partir de 1º de junho manteremos a quarentena, porém com uma retomada consciente de algumas atividades econômicas no estado de São Paulo”, disse o governador João Doria.
A secretária de estado de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, explicou que na fase
Condemat
O Condemat foi totalmente contra a decisão do governo de classificar a região em um estágio mais grave da pandemia do que a capital. Os prefeitos não aceitam ter de esperar até 15 de junho para avaliar se poderão reabrir gradualmente a economia. O presidente do Condemat e prefeito de Guararema, Adriano Leite, prometeu tomar medidas imediatas.
“Todos os prefeitos consideraram essa atitude insensata e incoerente, estão unidos para tomar providências e converter. Vamos encaminhar um documento ao governo do estado com o apoio dos deputados da região solicitando reavaliação dessa classificação, porque nós consideramos inadmissível os municípios aqui da região estarem na fase I, atrás da capital. Nós vamos lutar para ao menos estar na fase II”, diz.
Segundo Leite, desde o início da pandemia a região tem adotado as mesmas medidas da capital, por entender que as áreas são parecidas e próximas. De acordo com Leite, o Condemat pode acionar a justiça para que a situação seja revista.
“Nós prefeitos entendemos também que para a fase II são as atividades que devem ser reabertas com segurança para a população adotando as medidas de higiene. Nós estamos monitorando os dados dos 12 municípios do consórcio e os critérios são basicamente a taxa de ocupação dos leitos, o número de casos e o isolamento social”.
De acordo com Leite, os indicadores de isolamento seguem, em alguns casos, maiores do que a média do estado. Nos leitos ele diz que acompanha a oferta dos leitos e, comparando o Alto Tietê com demais regiões, há critérios para a reabertura a partir do dia 1º.
“É mais do que confirmado e notório que o epicentro da doença é na capital. Como a capital vai abrir alguns segmentos, as cidades do entorno que não poderão fazer o mesmo, a população vai se concentrar na capital. Do ponto de vista de isolamento, isso não é aconselhável”, pontuou.
Em nota, o governo do estado respondeu que o Plano SP prevê a retomada consciente da economia em todo o estado seguindo critérios estritamente técnicos. A classificação das fases é heterogênea e regionalizada, com base na disponibilidade de leitos e evolução das taxas de contaminação em cada localidade.
Ainda segundo o estado, a Grande São Paulo poderá ser reclassificada para fases de menor restrição a partir de 15 de junho, se houver indicadores de saúde estáveis. O governo de São Paulo avalia a possibilidade de estabelecer futuras classificações regionalizadas específicas para a região metropolitana da capital, com respaldo das avaliações do centro de contingência.
