Problemas com barulho em diversas regiões de Mogi atrapalham moradores - Desde alarme de agência bancária até concentração de jovens em praça e balada improvisada, tiram o sono de quem mora na cidade.

O barulho de uma agência bancária e de uma balada improvisada atrapalha o sono dos moradores de dois bairros de Mogi das Cruzes. 
Por William Tanida, Diário TV 1ª Edição


Os problemas ocorrem no Centro e no Parque Monte Líbano.

O som alto que vem das ruas fica até quando o dia está quase amanhecendo. Quem mora perto da Praça Francisca de Campos Melo Freire, também conhecida como Praça dos Enfartados, no Parque Monte Líbano, reclama que todos os fins de semana grupos de jovens deixam o som do carro no último volume, não respeitam o descanso dos moradores e ficam durante toda a madrugada.

“Normalmente tem o consumo de álcool, às vezes drogas e no dia seguinte a gente encontra invólucros de entorpecentes. A gente sabe que é uma praça pública, só que é um abuso”, afirma o funcionário público Fausto Prieto.

Luiz Fernando Prado Miranda, além do barulho, reclama da sujeira que os jovens deixam no local.”No sábado de manhã eu venho caminhar e só tem copos, garrafa jogadas na praça e sacolinhas. Não dá nem para caminhar aqui”, afirma Iracy Lopes.

A praça tem uma câmera de monitoramento, mas não cobre toda a área. De acordo com Fausto, reclamar para a polícia, Guarda Municipal, ou diretamente na prefeitura não adiantou muito.

“A Prefeitura informa o telefone da Guarda Municipal. Já tentei contato algumas vezes com a Polícia Militar e pedem para fazer o registro através do site. Quando eu tentei não consegui porque não havia o logradouro registrado no sistema. As vezes a polícia vem, mas é uma conduta natural das pessoas manter o silêncio e a policia vai embora”, completa Fausto.

Já Rose Odashima enfrente o mesmo problema por ser vizinho de uma agência bancária. Ela conta que o alarme do banco dispara praticamente todos os dias por volta das 22h30 e fica até o amanhecer.


“Isso é constante. Parece que você está na sala e que ele está aqui dentro. Imagina dos quartos, que ficam direto para a rua”, conta.

A moradora diz que o barulho já está prejudicando a saúde. “Uma noite de sono você não recupera. É necessário para que nós tenhamos uma qualidade de vida”, completa.

Em nota, o Banco do Brasil disse que o problema já foi resolvido e está acompanhando para que não aconteça de novo.

Fernando dos Santos Ribeiro mora na Vila Rubens, e ao lado da sua casa, existe uma tabacaria, na Rua João Fernandes de Lima. Ele afirma que o espaço também funciona como uma casa de shows, com música ao vivo de quinta-feira a domingo, até às 5h.

Além das músicas, Fernando conta que também sofre com o sistema de refrigeração do local, que é muito barulhento. O morador disse que tem um filho de 2 anos que tem dificuldades para dormir por causa disso.

Fernando afirma que já reclamou na Ouvidoria da Prefeitura, pelo 153 e para o 190 da Polícia durante a madrugada, mas o problema continua.

O proprietário da tabacaria afirma que possui um alvará que permite que o local funcione como casa de shows.

Em média, o 153 da Prefeitura recebe 150 ligações por final de semana.

De acordo com o chefe da divisão da secretaria de segurança de Mogi, Álvaro Cunha, a tabacaria já foi fiscalizada.

“Recebeu algumas multas e acontece que não tivemos condições ainda de tomar uma medida drástica porque a documentação está toda em ordem. Com relação às multas, ainda está em fase de recurso.”

Sobre os problemas na praça, Alvaro fala sobre a solução efetiva para o problema. “Acontece que a legislação determina que, todas as vezes que vamos fazer a aferição, tem que se fazer a sete metros do veículo que está fazendo barulho. Diante dessas reclamações, vamos fazer mais operações e talvez até coloquemos uma viatura da Guarda Municipal nos finais de semana, como fazemos em outra praça da cidade.”

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