‘Brasil não pode ser refém de uma empresa’ - Marco Antonio Villa

O rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, é irresponsabilidade do poder público. Desde a tragédia de Mariana, não foram tomadas as providências necessárias.
Antes de mais nada, agora, é preciso correr atrás de socorrer as vítimas, diminuir estragos e tomar as providências necessárias para não se ter outras tragédias — e Minas Gerais é o teatro disso, uma vez que há uma série de mineradoras cravadas em centros urbanos.
Mas há diferenças entre Mariana e esse incidente. O primeiro é a rápida ação do governo federal — o que é motivo de aplausos. O presidenteda República montou um gabinete de crise, tomou as medidas necessárias, mobilizou setores necessários e está indo para Minas Gerais, apesar de ter uam cirurgia marcada para segunda-feira (28).
Essa é uma diferença importante e radical do que ocorreu em Mariana, quando a ex-presidente Dilma se omitiu. Os ministros, na época, sequer compareceram ao local da tragédia. Segunda diferença: a locação de recursos necessários para o enfrentamento da tragédia.
Terceiro, a questão financeira. É necessário ter recursos suficientes para resolver questões de emergência. Quarto, os setores de Meio Ambiente, Minas e Energia, precisam colocar a legislação brasileira em prática. É preciso ter fiscais com poder de fato para coibir ações como essa.
Está na hora de por um freio nisso, parar as áreas mineradoras e passar um pente fino em todas as barragens, para evitar outras tragédias. O Brasil não pode ser refém de uma empresa. São necessários pessoas competentes, recursos, compromisso e vontade política porque isso vai esbarrar em grandes interesses econômicos. Acima disso, porém, há os interesses da sociedade.
No campo da mineração, especialmente no estado de Minas Gerais, é necessário ter um programa urgente, além de permanente fiscalização. Com isso, é possível se antecipar. O que não pode é chorar a tragédia que já aconteceu.
Nesse momento, é preciso tentar evitar uma tragédia maior no cmapo do meio ambiente, porque as vidas, como disse o governador Romeu Zema (Novo), é recolher os corpos, infelizmente.
  • Por Jovem Pan
  • Barragem da Vale se rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira (25)

Postagens mais visitadas deste blog