Questionamentos sobre decisões anteriores de Moro ‘não devem ter credibilidade’, defende Moraes

Com o aceite do juiz Sergio Moro para ser o próximo ministro da Justiça, as defesas de investigados querem colocar em xeque as decisões anteriores tomadas pelo magistrado no âmbito da Operação Lava Jato em primeira instância.
  • Por Jovem Pan
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, afirmou que não vê ligações entre as decisões anteriores de Moro e a escolha de seu nome para compor o Governo. Para ele, as afirmações de investigados “não devem ter credibilidade pela questão cronológica e da atuação de várias pessoas”.
“Não vejo nenhuma ligação com as decisões tomadas e com a escolha feita vários anos depois. Poderíamos fazer algum nexo se primeiro houvesse a possibilidade de o presidente eleito ter viabilidade eleitoral quando se iniciou a Lava Jato. Se retroagirmos, nenhum analista político via viabilidade na candidatura. Não havia nenhuma ligação em relação ao candidato, hoje presidente eleito, e o juiz Sergio Moro”, disse Moraes.
O ministro do Supremo ressaltou ainda que não há no Judiciário uma condenação feita por uma só pessoa. Segundo Moraes, não foi Moro quem ofereceu a denúncia, mas o MPF, e também não foi o magistrado que julgou a apelação, e sim o TRF4.
Prisão após condenação em segunda instância
Segundo Moraes, não há nada pautado ainda. Há, entretanto, uma previsão para o fim do ano, mas nada para 2019.
O ministro evitou expor sobre o tema ao dizer que já se posicionou em julgamento de habeas corpus no primeiro semestre. “As duas instâncias que podem analisar todas as provas e fazer análise do mérito, são a 1primeira e segunda. Eventualmente o STJ ou STF podem analisar questões legais ou constitucionais, mas não fazer reanálise da prova”, defendeu.

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