Radioterapia começa a atender no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi Governador Geraldo Alckmin esteve na cidade para inauguração. Inicialmente serão 300 sessões por mês.




O Governador Geraldo Alckmin veio a Mogi das Cruzes nesta quarta-feira (10) para inaugurar o novo Centro Oncológico do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo. Agora o hospital passa a contar com um setor de radioterapia e os pacientes, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, podem ser tratados contra o câncer integralmente na unidade. O investimento, segundo o governo estadual, foi de R$ 27,2 milhões, entre recursos para a construção do prédio e a aquisição do acelerador linear, equipamento utilizado na radioterapia.
Por Maiara Barbosa e Fernanda Lourenço, G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Tratamento de radioterapia começa a funcionar no hospital Luzia de Pinho Melo (Foto: Maiara Barbosa/ G1)



As sessões de radioterapia começam nesta quarta-feira (10). O funcionamento será de forma gradativa, com 300 sessões por mês, na fase inicial. A expectativa é duplicar este número até o final do ano.
A entrega do serviço teve vários adiamentos. A assinatura do contrato foi feita em abril de 2014 e a promessa inicial era para 2015. Em agosto de 2016, o prazo dado tinha sido o primeiro trimestre de 2017. Anteriormente, o Estado havia divulgado que a entrega seria em 2015. "Nós esperamos brevemente conseguir atingir toda a capacidade planejada. Isso exige planejamento. Então, tudo aquilo que foi prometido, embora de uma forma mais lenta do que nós gostaríamos. O país vive a maior crise econômica/financeira da história”, justificou o secretário estadual de Saúde, David Uip.
O Luzia de Pinho Melo é habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e é o hospital referência para toda a região do Alto Tietê. A unidade da Secretaria Estadual de Saúde - gerenciada em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) - integra a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer.
De acordo com o governador Geraldo Alckmin, agora o hospital conta com estrutura completa para atender pacientes com problemas cardíacos ou câncer. "Hoje nós completamos todo esse ciclo. Aqui tem ressonância, tomografia. Então você faz diagnóstico, se precisar opera, se precisar faz quimioterapia", disse.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o hospital recebe, em média, 90 pacientes com casos novos de câncer por mês. Em 2016 foram 10.442 atendimentos oncológicos, incluindo consultas, quimioterapia e hormoniterapia.
“Os pacientes que estão em serviço, já sendo atendidos, continuarão, desde que seja o desejo deles. Eu acho que não tem nexo você tirar alguém que está sendo atendido em Mogi para ser transferido para cá. Tem todo sentido alguém que está sendo atendido em São Paulo vir para cá. Aí é decisão do paciente e a instituição vai acatar”, detalhou o secretário estadual de Saúde David Uip. “Cabe ao médico responsável. E isso sempre é feito entre o médico que trata e o médico que é enviado. Isso se faz rotineiramente através de relatório e envio de exames”, continuou.
No ano passado, o número de atendimentos cresceu 17,3% em relação ao balanço de 2015.
"Agora, será possível reunir todos os serviços oncológicos que ofertamos em um único local. Os atendimentos de quimioterapia, radioterapia e onco-odontologia, além do acompanhamento ambulatorial, estão concentrados numa unidade de ponta, exclusivamente voltada para essa finalidade. Com isso garantimos maior conforto para os pacientes, que não precisarão se deslocar a outros serviços para serem atendidos", explica o diretor clínico do hospital, Luiz Carlos Viana Barbosa.
Governador Geraldo Alckmin discursa na entrega de Centro Oncológico de Mogi das Cruzes (Foto: Maiara Barbosa/G1)

Outros investimentos

De acordo com o governador Geraldo Alckmin, houve ampliação dos leitos no Hospital Arnaldo Pezzuti Cavalcante, também em Mogi. "Fizemos a reforma do centro de diagnóstico e imagens, com a implantação de 108 leitos, sendo 20 leitos só para dependentes químicos para a questão das drogas. E hoje nós estamos implantando mais 62 leitos para dependentes químicos lá no Arnaldo Pezzuti. Então uma referência importante, dando a mão ao jovem, para que ele consiga sair da dependência química e retomar a sua vida”, disse.
O Hospital de Suzano deve ser finalizado em junho, ainda segundo Alckmin. "Nós temos aqui já o hospital de retaguarda, o Hospital das Clínicas da de São Paulo, da Universidade de São Paulo, mas é um hospital retaguarda do HC de São Paulo. Agora, nós terminamos, neste mês agora de junho, mês que vem, o Hospital de Suzano, para atender a população da cidade e da região. Nós vamos equipá-lo, escolher a OS que vai administrá-lo e colocar para funcionar". A obra foi anunciada em 2013.
“Eu acredito que ele vai ser entregue no segundo semestre. Falta o final de obra. Falta pouca coisa. Mas como eu sempre digo, eu não gosto de inaugurar obra, eu gosto de inaugurar serviço atendendo, como nós fizemos aqui”, disse o secretário estadual de Saúde.

Repasses

Com relação à reclamação de redução de repasses e consequente falta de insumos, o secretário estadual de Saúde afirmou que a verba do governo federal é insuficiente. "Há falta de repasse de 14% do Ministério da Saúde. Hoje o Ministério da Saúde arca com o custo da saúde de São Paulo com 25%. Vou te dar números: a saúde pública de São Paulo custa R$ 50 bilhões. O Ministério disponibiliza para todos os estados e municípios R$ 80 bilhões. O Ministério já colocou na saúde pública do Estado de São Paulo 39%. Hoje coloca 25%. Então falta custeio federal. Que nós estamos apertando muito é no espírito de esperdício. Nós estamos apertando muito também no desvio, que infelizmente na saúde você tem as duas coisas: desperdício e desvio."
O G1 vai pedir uma posição ao Ministério da Saúde sobre o assunto.

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