Marco Aurélio bertaiolli se despede da prefeitura, mas não da vida pública
Em entrevista ao Grupo Mogi News, o prefeito de Mogi revelou que deve se lançar candidato à deputado federal nas próximas eleições, em 2018
O prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) se despede da
Prefeitura de Mogi das Cruzes, mas não da vida pública.
Com o
sentimento de missão cumprida, o chefe do Executivo afirma que deixou
importantes legados e que pretende se manter presente na vida política
da cidade.
Em entrevista ao Grupo Mogi News, Bertaiolli, inclusive,
revelou que pretende representar o município e a região no Congresso
Nacional, como deputado federal. Ele deve concorrer às eleições em 2018.
Bertaiolli
também fez um balanço positivo dos oito anos em que esteve à frente da
administração de Mogi das Cruzes.
Ele lembrou de obras importantes, como
o Hospital Municipal de Brás Cubas; o túnel da Sacadura Cabral, na
região central da cidade; as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), nos
bairros Rodeio e Oropó, além de outros empreendimentos.
O atual prefeito
destacou as inaugurações que deve fazer até a próxima semana, quando se
despede da administração municipal, entre elas o Parque da Cidade, que
deve ser aberto ao público no dia 30 de dezembro.
Mogi News:
Como se sente sendo o prefeito da 7ª melhor cidade para se viver,
conforme divulgado em um ranking que avaliou mais de cinco mil
municípios brasileiros?
Marco Bertaiolli: Todas as avalizações
que são feitas de municípios, de qualquer índice, Mogi das Cruzes está
entre as 50 melhores cidades do País.
Mas o importante é que o Brasil
tem 5,5 mil municípios e Mogi está em todos os índices, entre as 50
melhores e maiores cidades.
Isso significa que nós estamos no seleto
grupo de 1% dos municípios brasileiros que são os melhores do País.
É um
orgulho muito grande estar como prefeito de uma cidade que é
considerada uma das maiores e melhores e, principalmente, saber que a
minha administração colaborou com isto em itens importantes, como, por
exemplo, melhorando a saúde pública, a Educação, o cuidado com as
crianças e com os idosos.
A qualidade de vida em Mogi avançou muito
nestes oito anos.
Então fico muito feliz de ter colaborado com este
desenvolvimento.
MN: Falando em desenvolvimento, quantas obras foram realizadas nestes oito anos de gestão?
Bertaiolli: Construímos
151 novos prédios, são mais de cem edificações que foram feitas ao
longos desses dois mandatos.
Sem contar as obras de mobilidade, são 11
novas avenidas totalizando 86 quilômetros.
A quantidade de obras e
serviços não dá nem para quantificar, porque são mais de 400.
Tem ainda
as obras importantes como a passagem subterrânea que acabamos de abrir; o
Parque da Cidade, que vamos inaugurar na semana que vem, o Fórum de
Brás Cubas, que será entregue na próxima semana.
O que nos deixa
bastante gratificados é que foi uma gestão de muita produção e com muita
resolutividade.
Nós, realmente, resolvemos os problemas da cidade, o
que nos dá a sensação de missão cumprida.
MN: E dentre tantas
obras, tem algum empreendimento que pode ser considerado "a menina dos
olhos", ou o "carro-chefe" de sua gestão?
O
Hospital Municipal é uma obra fantástica, assim como o Única, em
Jundiapeba, a Única Fisioterapia, que é gigantesca.
As duas UPAs
(Unidades de Pronto-Atendimento) têm uma resolutividade espetacular, a
passagem subterrânea de Mogi das Cruzes, o Centro Cultural. São muitas
obras emblemáticas, que seria injusto destacar apenas uma.
Mas tenho,
pelo menos, uma dúzia que poderia citar como a "menina dos olhos", de
empreendimentos que venceram muitas barreiras e, hoje, contribuem para
que a vida de Mogi seja melhor, na Educação com os Cempres (Centro
Municipal de Programas Educacionais), na Saúde, na mobilidade, ou na
Cultura.
São projetos que contribuíram para que se tenha uma cidade
melhor para se viver.
MN: O que o levou a querer administrar Mogi das Cruzes? Quando imaginou que trilharia uma carreira política?
Bertaiolli:
Não tenho ninguém na família que tenha ocupado cargos públicos, e nem
parentes próximos. É um desejo natural, que surgiu quando eu ainda
estava no ensino fundamental e, como todas as crianças têm sonhos,
alguns sonham em administrar, ser policial, bombeiro, professor, médico
ou advogado e, eu, desde muito cedo, já tinha e acalentava o sonho de
seguir uma carreira pública e ser político.
Não imaginava muito bem como
isso seria, mas imaginava o fato, o ato de ser prefeito de Mogi das
Cruzes. É algo que sempre almejei. Trabalhei muito durante esses anos
todos da minha vida para que esse dia chegasse.
Quando eu percorri essa
jornada para chegar ao posto de prefeito, eu me esforcei muito para que
pudéssemos transformar essa gestão numa gestão realizadora, que a gente
pudesse fazer as coisas acontecerem. E, graças a Deus, fomos muito
bem-sucedidos.
Várias pessoas colaboraram e contribuíram para que
tivéssemos uma boa administração. Estamos num momento muito positivo,
mesmo com essa crise que o Brasil atravessa.
MN: Quais são seus planos após se despedir da prefeitura? Tem pretensões políticas?
Bertaiolli:
Claro. Escolhi a vida pública como um caminho, uma profissão. E é
preciso ter total dedicação e empenho numa profissão. Viver a vida
pública no Brasil, hoje, é algo bastante difícil e que exige grande
responsabilidade e muito trabalho, o que estou fazendo. Já passei por
todos os cargos públicos na cidade.
Fui presidente da Associação
Comercial, secretário municipal, vereador, vice-prefeito, deputado
estadual e prefeito de Mogi por oito anos. Então me considero vitorioso
na profissão que escolhi, que é a vida pública.
Sou um administrador
público e mais do que isso, muito realizado por ter alcançado os sonhos
que traçamos como prefeito, que é o maior cargo que ocupei até hoje.
Devo continuar na vida pública e trabalhar para Mogi das Cruzes, que é o
meu objetivo, minha vontade, o que desejo fazer.
Uma das situações que
se apresenta com muita força para mim, é que eu possa representar Mogi e
a região como deputado federal, no Congresso Nacional.
MN: O que espera de seu sucessor e como vai acompanhar a administração da cidade?
Bertaiolli: Pretendo
continuar ajudando Mogi como eu puder.
Assumi a prefeitura em um
momento muito positivo do Brasil, e tivemos a habilidade de desenvolver
boas propostas e de lutar, politicamente, para trazer recursos
financeiros e executar bons projetos. Pudemos fazer obras importantes,
como a avenida Júlio Simões, em Brás Cubas, que era aguardada há mais de
50 anos, além do Hospital Municipal e muitas obras importantes. Mas são
momentos diferentes.
O Brasil atravessa, hoje, uma das piores crises da
sua história, os investimentos públicos acabaram. Espero que meu
sucessor seja exatamente esse síndico, o zelador que a cidade precisa
neste momento. E que a população entenda que são administrações
diferentes, em momentos diferentes.
O Marcus Melo terá a difícil tarefa
de manter a cidade funcionando. Ele é um grande gestor e vai ter a
habilidade de equacionar as finanças para manter a cidade em ordem. Esse
é o grande desafio que ele terá. E terá de ter a colaboração e
contribuição de todos nós.
MN: E quais foram os maiores desafios que o senhor enfrentou durante sua administração?
Bertaiolli:
Enfrentamos crises bastante severas, foram desafios gigantescos e que
superamos. Alguns mais traumáticos e outros menos. Mas administrar o dia
a dia de uma cidade com 500 mil habitantes e 750 quilômetros de
extensão é algo tão grande. Superar, administrar e chegar no final do
mandato com um alto índice de aprovação, que foi de 90% da população, é
um obstáculo que parecia intransponível.
Como você imagina um político,
nos dias de hoje, ter 90% de aprovação da sua população? Então esse foi
o grande obstáculo que nós vencemos e o conjunto da obra que realizamos
nos confere este momento com uma aprovação tão elevada.
MN: Qual é o balanço que o senhor faz desses oito anos de gestão?
Bertaiolli: Muito
positivo. Construímos 75 unidades escolares em oito anos de governo,
são dez por mês. Se pegar os meus oito anos de governo e multiplicar por
12 meses, são 96 meses. Eu construí 151 prédios, que dá mais de um novo
prédio por mês. Então é uma gratificação muito grande fazer o balanço
tão positivo de uma gestão empreendedora como foi a nossa.
MN: Qual legado o senhor deixa para Mogi?
Bertaiolli:
O legado é ter despertado nas pessoas o amor pela cidade, que não era
muito acarinhada e despertamos isso. Através do termo "mogianidade",
construído por mim, coloquei na prática o gostar de Mogi das Cruzes.
Você vê que a relação da população com o município é de autoestima, e
isso nós conseguimos através do esporte com a equipe de basquete que eu
construí para representar Mogi; e através da limpeza da cidade, das ruas
em ordem, do esgoto, da água, da saúde pública funcionando, da Educação
de qualidade, de obras importantes.
Uma cidade que se gosta.
Esse é o
maior legado que vou deixar da nossa administração.
MN: Se pudesse avaliar, de zero à 10, que nota daria à sua gestão?
Bertaiolli:
Onze, porque só eu sei o que passamos aqui durante estes dois mandatos.
Tenho absoluta convicção de que não foi uma administração perfeita, mas
só eu que estive aqui sei das dificuldades, dos apuros, as noites mal
dormidas, as soluções que foram encontradas, as viagens que tive que
fazer.
Eu tenho plena convicção que ninguém faria mais por Mogi das
Cruzes do que eu fiz nestes oito anos. Pode haver pessoas que avaliam
positivamente ou não a minha administração, mas eu garanto que ninguém
faria mais pela cidade do que eu.
Neste quesito é onze, porque ninguém
poderia e conseguiria investir mais em Mogi das Cruzes do que eu investi
em obras públicas.
MN: Que mensagem o senhor gostaria de deixar para a população de Mogi nessa despedida da prefeitura?
Bertaiolli:
Que Mogi é uma cidade de todos nós.
Querer transferir a
responsabilidade de cuidar do município apenas para a figura do prefeito
é uma atitude injusta.
É aquela conta simples que faço: se hoje todo
mundo acordar às 7 horas da manhã e varrer a porta da sua casa, às 9
horas da manhã, a cidade inteira está limpa.
Se cada um cuidar de sua
relação de amor com Mogi das Cruzes em atitudes concretas, teremos uma
cidade melhor.
Então a história que deixo para Mogi das Cruzes é uma
história de respeito com a cidade, de amor e de fazer do lugar onde a
gente vive um lugar melhor.