Atividade da construção continua em queda

“O nível de atividade está muito abaixo do usual, com a utilização da capacidade de operação abaixo do registrado no mesmo mês de anos anteriores. O longo período de baixa atividade continua a afetar as condições financeiras das empresas, que seguem deterioradas, e o acesso ao crédito permanece muito restrito”

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta quinta­-feira que o setor de construção civil registrou em junho queda do nível de atividade na comparação com o mês anterior, mas que o ritmo da retração continua desacelerando desde janeiro.

“O nível de atividade está muito abaixo do usual, com a utilização da capacidade de operação abaixo do registrado no mesmo mês de anos anteriores. O longo período de baixa atividade continua a afetar as condições financeiras das empresas, que seguem deterioradas, e o acesso ao crédito permanece muito restrito”, afirmou a entidade no documento mensal Sondagem Indústria da Construção.

Falta de demanda
Segundo a CNI, a falta de demanda foi o principal problema enfrentado pelas empresas da construção no segundo trimestre, seguido por elevada carga tributária e taxas de juros elevadas. As expectativas para os próximos meses, que vinham mostrando pessimismo cada vez menor desde o início do ano, não melhoraram em julho. As perspectivas para os próximos seis meses são tão pessimistas quanto no mês anterior.

Segundo os dados apresentados, o índice de evolução do nível de atividade permanece abaixo dos 50 pontos, ou seja, aponta nova queda da atividade. Entre maio e junho, o índice passou de 40,1 para 41,2 pontos, variação dentro da margem de erro do índice. Na comparação com dezembro de 2015, contudo, o indicador acumula crescimento de 7,9 pontos.

O índice de evolução do número de empregados manteve­-se estável em 38,1 pontos, mas como permanece abaixo dos 50 pontos, significa que o emprego na indústria da construção segue em queda (os índices de evolução variam de zero a 100 pontos, e valores abaixo dos 50 pontos indicam queda).

Baixa atividade
O nível de atividade do setor de construção permanece abaixo do usual, afirma a CNI. O índice de junho ficou em 27,2 pontos, praticamente estável na comparação com maio (oscilou 0,7 ponto para cima, dentro da margem de erro do índice). Valores abaixo dos 50 pontos indicam nível de atividade abaixo do usual para o mês.

O percentual de utilização da capacidade de operação (UCO) manteve­se inalterado na comparação com maio, em 56%. A UCO está quatro pontos percentuais inferior à registrada em junho de 2015, e oito pontos percentuais abaixo da média para os meses de junho.

Os índices de satisfação com margem de lucro operacional e com a situação financeira variaram dentro da margem de erro no segundo trimestre de 2016, após terem registrado o piso de suas séries no trimestre anterior. O índice de satisfação com a margem de lucro alcançou 30,6 pontos (eram 28,8 pontos no primeiro trimestre e 32,7 pontos há um ano), enquanto o de satisfação com a situação financeira ficou em 34,2 pontos (era, 33,3 pontos no primeiro trimestre e 37,2 pontos há um ano).

Acesso ao crédito
O índice de facilidade de acesso ao crédito aumentou 3,2 pontos no segundo trimestre em relação ao primeiro. Apesar disso, ainda reflete dificuldade de acesso ao crédito. O índice alcançou 26,3 pontos, muito aquém da linha divisória de 50 pontos (mais uma vez, números abaixo de 50 indicam piora da percepção).

O principal problema enfrentado pela indústria no segundo trimestre de 2016 foi a demanda interna insuficiente, assinalado por 36,7% das empresas respondentes. Em seguida, têm­se a elevada carga tributária, com 34,7% das respostas e as taxas de juros elevadas, com 34,2%.

A CNI afirma que a tendência de redução do pessimismo do setor, que vinha sendo observada desde fevereiro e se intensificou em junho, não se manteve em julho. Todos os índices de expectativa da indústria da construção oscilaram dentro da margem de erro (de 2 pontos a mais ou a menos) na passagem de junho para julho.

Os índices mantiveram­-se abaixo dos 50 pontos, o que sugere expectativa de queda no nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-­primas e número de empregados.

De acordo com a entidade, a queda do nível de atividade, o baixo uso da capacidade de operação e as expectativas ainda pessimistas limitam a intenção de investir do empresário. O índice de intenção de investimento oscilou dentro da margem de erro, ao recuar de 26,9 para 25,3 pontos entre junho e julho de 2016. O índice de intenção de investimento varia de zero a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior a intenção de investir.

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