Delação de Sérgio Machado Citados dão respostas sobre as mais recentes revelações. Ministro Teori Zavascki, do STF, retirou o sigilo do documento.

Resultado de imagem para jornal-nacionalEm delação premiada, que teve trechos em vídeo divulgados nesta quinta-feira (16), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado citou mais de 20 políticos que, segundo ele, receberam propina desviada do esquema de corrupção na Petrobras. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do documento. Veja as respostas dos citados.
JOSÉ SARNEY
Só ontem à noite tomei conhecimento da íntegra da delação do senhor Sérgio Machado. Posso assegurar ao povo brasileiro — que já conhece do que ele é capaz — que nela, em relação a mim, não há nenhuma afirmação verdadeira. Nunca recebi das mãos desse senhor nenhum centavo. Nunca discuti com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá questão relativa a recursos financeiros. Não conheço nem nunca tive qualquer contato com os filhos do senhor Sérgio Machado nem com a pessoa por ele citada.
Fico reconfortado pôr a Constituição que ajudei a fazer ser sábia ao entregar ao Supremo Tribunal Federal a guarda da Constituição, e não à Procuradoria Geral da República.
Mantenho a decisão de processar o senhor Sérgio Machado para esclarecer a verdade e punir o delator. O seu objetivo foi utilizar minha biografia para dar amplitude a sua delação. O das ações cautelares humilhar-me e desrespeitar-me. As raízes desse procedimento estão na política do Maranhão.
José Sarney
Ex-presidente da República

SARNEY FILHO 
Todas as doações que recebi foram oficiais e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ao longo dos anos, vi este senhor várias vezes na casa de meu pai, de quem se dizia amigo. Porém, nunca conversamos nada que levantasse, de minha parte, a menor suspeita sobre suas falcatruas. Jamais conversamos sobre qualquer tipo de ajuda.

LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS
Eu não participei da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso em 1998, muito menos na função de coordenador como disse Sérgio Machado. Nessa época, com a morte do ex-ministro Sergio Motta, fui chamado para assumir o ministério das Comunicações com objetivo especifico de levar a cabo o processo de privatização do sistema Telebrás. Antes, como presidente do BNDES morava no Rio de Janeiro, onde fica a sede deste banco público.

JBS
A JBS reitera que as doações feitas para campanhas eleitorais foram realizadas de acordo com as regulamentações do TSE. A empresa lamenta que mais uma vez a empresa esteja envolvida em acusações que agridem, de forma infundada, sua imagem, marcas, reputação e conduta ética

FRANCISCO DORNELLES
Em relação à delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a assessoria de comunicação esclarece:
O vice-governador Francisco Dornelles não disputou eleições em 2008, 2010 e 2012. Todas as doações relativas a eleições que disputou foram informadas e aprovadas pelos tribunais competentes.

EDSON SANTOS
O ex-deputado e ex-ministro Edson Santos, do PT, afirmou que é "absurda" a acusação de Machado de que ele recebeu dinheiro de propina.

ROBERTO REQUIÃO
Pela assessoria, o senador Roberto Requião declarou que todos os gastos para a campanha ao Governo do Paraná em 2014 foram declarados e as contas já foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

AÉCIO NEVES
Nota do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
Sobre citações feitas em delação de Sérgio Machado.
São acusações falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar. Qualquer pessoa que acompanha a cena política brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o que só ocorreu muito depois. Essa eleição foi amplamente acompanhada pela imprensa e se deu exclusivamente a partir de um entendimento político no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB à presidência do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB à presidência da Câmara dos Deputados. A afirmação feita não possui sequer sustentação nos fatos políticos ocorridos à época.

PSDB
Nota PSDB
A verdade deve prevalecer
O senhor Sérgio Machado, nos governos do presidente FHC, jamais ocupou qualquer cargo executivo não tendo podido, portanto, dele se utilizar para favorecer quem quer que fosse em troca de qualquer tipo de vantagem.
Os crimes por ele cometidos e assumidos e que, inclusive, levaram à sua delação, foram cometidos no exercício de importante função executiva em sucessivos governos do PT.
Portanto, tentar envolver líderes do PSDB em atos supostamente ocorridos há 18 anos sem qualquer fato que os comprove apenas demonstra o desespero de alguém que, para obter vantagens em sua delação, não se constrange em caluniar e difamar.
O PSDB é o maior interessado em saber se o senhor Sérgio Machado usou indevidamente o nome do partido para benefício próprio em 1998.
O simples exame dos fatos relatados e de suas respectivas datas demonstra o absurdo das afirmações do delator.
Basta dizer que nas eleições para presidente da Câmara que ocorreram após as eleições de 1998, o PSDB sequer teve candidato. Apoiou o candidato do PMDB, partido majoritário à época, o então deputado Michel Temer.
Além disso, o senhor Sérgio Machado jamais teve qualquer função de arrecadação de recursos nas campanhas do PSDB, que eram conduzidas por comitê próprio, como atesta, entre outros, o ex-ministro Eduardo Jorge, coordenador da campanha de Fernando Henrique Cardoso à época.
Há 13 anos o PSDB combate e denuncia as graves irregularidades ocorridas no país. Por isso, rechaça a tentativa de se estabelecer qualquer paralelo entre as práticas adotadas pelas administrações do presidente Fernando Henrique e as dos ex-presidentes Lula e Dilma.

Senador Aécio Neves - Presidente Nacional do PSDB
Senador Cássio Cunha Lima - Líder do PSDB no Senado
Deputado Antonio Imbassahy - Líder do PSDB na Câmara

VITAL DO REGO
O ministro Vital do Rêgo não vai se manifestar, tendo em vista desconhecer os termos da referida delação. Informa que as contas de sua campanha para o Governo da Paraíba nas eleições de 2014 foram apreciadas e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado.

CÂNDIDO VACAREZZA
O Jornal Nacional não conseguiu contato com o ex-deputado nesta quinta-feira. Na quarta-feira (15), por telefone, ele afirmou: “Nunca pedi ajuda para financiamento de campanha a Sérgio Machado. Eu não tinha intimidade com ele nem ele comigo para falar de dinheiro. Machado nunca me apoiou nem eu o apoiei. Não trabalhei com ele nem ele comigo. Minha campanha recebeu contribuição do diretório federal do PT, não do diretório estadual de São Paulo. Isso pode ser comprovado na prestação de contas da campanha e com a Camargo Corrêa, que contribuiu com minha campanha”.

GABRIEL CHALITA
Com relação ao uso indevido de meu nome na delação de Sérgio Machado, assunto já noticiado há algumas semanas, reitero o que disse naquela ocasião: Não conheço Sergio Machado. Portanto, nunca lhe pedi recursos ou qualquer outro tipo de auxílio à minha campanha. Esclareço, ainda, que todos os recursos recebidos na minha campanha foram legais, fiscalizados e aprovados pelo Tribunal Regional Eleitoral.

QUEIROZ GALVÃO
A Queiroz Galvão informa que não comenta investigações em andamento e que as doações eleitorais obedecem a legislação.

LUIZ SERGIO
Em relação às notícias sobre o conteúdo da delação do senhor José Sérgio de Oliveira Machado esclareço que:
1 - Todas as doações que recebi para minhas campanhas foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral conforme a legislação em vigor.
2 - Jamais solicitei, ou autorizei quem quer que seja a solicitar em meu nome, doação que ferisse as normas legais. Portanto, repudio de forma veemente as ilações levantadas pelo delator.
3 - Aguardarei com serenidade e consciência tranquila o desenrolar das investigações.
Brasília, 16 de Junho de 2016
Luiz Sérgio
Deputado federal
PT-RJ

JADER BARBALHO
Por telefone, o senador Jader Barbalho disse desconhecer o que Sérgio Machado fala e afirmou que "não sendo especialista em estrume, se recusa a falar qualquer coisa a respeito deste criminoso".

EDUARDO BRAGA
O Jornal Nacional não conseguiu contato com a assessoria do senador Eduardo Braga. Mais cedo, a assessoria divulgou a seguinte nota à imprensa:
O ex-senador Sérgio Machado mentiu ao citar meu nome como sendo beneficiário de recursos financeiros que, segundo ele, em 2014, teriam sido doados pela empresa JBS para a campanha eleitoral de senadores do PMDB a pedido do PT.
Jamais tratei com o ex-senador qualquer assunto relacionado a campanhas eleitorais ou afins, muito menos sobre doações. Sua citação caluniosa é abjeta e criminosa.
Todos os recursos utilizados na minha campanha eleitoral de 2014, sem exceção, foram declarados e estão disponíveis nas prestações de contas que foram apresentadas, analisadas, julgadas e aprovadas pelo Poder Judiciário Eleitoral.
Lamento que sejam divulgados, como se verdade fosse, trechos de um depoimento em que o chamado "delator" usa expressões como "ouvi falar" e "não me lembro da parte de quem" para tentar me enredar em tramas sobre as quais nada de concreto foi apresentado.
Reafirmo meu compromisso com a verdade e jamais me furtarei a prestar todo e qualquer esclarecimento necessário para restabelecê-la.

RENAN CALHEIROS
O Senador Renan Calheiros reafirma que jamais recebeu recursos de caixa dois ou vantagens de quem quer que seja.  Todas as doações de campanhas eleitorais ocorreram na forma da Lei, com as prestações de contas aprovadas pela Justiça.
O senador não conhece Felipe Parente e nenhum dos filhos de Sérgio Machado.  Mesmo se tratando de denúncia em que o depoente afirma ter "subentendido", o senador está à disposição, uma vez que já prestou dois depoimentos e fará quantos outros forem necessários.
O senador Renan Calheiros jamais credenciou, autorizou ou consentiu que terceiras pessoas falassem em seu nome em qualquer circunstância. Por fim, o senador afirma que não indicou o delator Machado para Transpetro, como afirmou o próprio Sérgio Machado.

VALDIR RAUPP
O senador Valdir Raupp repudia com veemência as ilações do sr. Sérgio Machado,  na sua delação  e afirma  que nunca  solicitou  ao delator  doações para campanhas eleitorais.
Portanto, são mentirosas e descabidas as citações feitas ao seu nome.

EUNICIO OLIVEIRA
Nota esclarecimento
Não recebi e não participei de negociações para obter doações eleitorais intermediadas pelo PT em 2014 como diz ter ouvido falar, por intermédio de terceiros, o delator Sérgio Machado. O PT, inclusive, foi meu principal adversário naquela eleição. Não mantenho contato com o delator desde o início dos anos 2000.
Todas as doações para a minha companha foram recebidas e contabilizadas na forma exigida pela legislação vigente à época, assim como foram aprovadas pela Justiça eleitoral.
Senador Eunício Oliveira (PMDB CE).

JANDIRA FEGHALI
1. Repudio a tentativa de criminalizar as doações feitas segundo as leis à época vigentes, portanto legais e públicas e qualquer tentativa de vincular meu nome ao recebimento de propina;
2.O autor de tais afirmações será criminalmente processado por calúnia e difamação.

PMDB
O PMDB sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da justiça eleitoral nas eleições citadas. Em todos esses anos, após fiscalização e análise acurada do tribunal superior eleitoral, todas as contas do PMDB foram aprovadas não sendo encontrados nenhum indício de irregularidade.

ROMERO JUCÁ, EDISON LOBÃO e MÀRCIO LOBÃO
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende os três, afirmou que os clientes negam ter recebido qualquer dinheiro e que eles não faziam parte de nenhum grupo que fizesse esse tipo de contato com Sérgio Machado. Kakay disse ainda que a delação de Sérgio Machado tem que ser analisada com ressalvas porque ela foi feita "nitidamente para librar os filhos de Machado da prisão".

HERÁCLITO FORTES
Esclareço que são inteiramente falsas e mentirosas as citações que envolvem o meu nome e que foram feitas pelo Sr. Sérgio Machado, na delação premiada que fez junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). Informo ainda que até amanhã apresentarei petição junto à PGR, me colocando à disposição para os esclarecimentos que os procuradores entenderem necessários, e desde já, colocarei o meu sigilo telefônico à disposição.
A quebra do meu sigilo provará que não procurei o Sr. Sérgio Machado em 2014, como ele afirmou. Com relação às doações de campanha, as minhas prestações de contas referentes às eleições de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesses documentos não há registro de qualquer doação às minhas campanhas feitas pelas empresas listadas pelo delator Sergio Machado, muito menos no valor mencionado por ele.
No mais, reafirmo que em toda a minha vida pública sempre cumpri com todas as minhas obrigações eleitorais, prezando sempre pela transparência dos meus atos, assim como jamais negociei qualquer favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza em troca de doações de campanha.
Deputado Heráclito Fortes

JOSÉ AGRIPINO MAIA
 Apesar de desconhecer o inteiro teor da delação do ex-senador Sérgio Machado, a quem conheço e com quem convivi no período em que fomos senadores, devo esclarecer o seguinte:
1-    As doações que, como presidente de Partido tenho a obrigação de buscar, obedecendo à legislação vigente, foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras.
2-    Presidente de Partido de oposição que sou, não teria nenhuma contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores de governo.
3-    As doações recebidas - todas de origem lícita - foram objeto de prestação de contas, devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral.

FELIPE MAIA
Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que regia a legislação vigente, foram arrecadadas pelo Diretório Nacional do meu partido e sem intermediários. Por isso, fui surpreendido com a citação do meu nome na delação do ex-senador Sérgio Machado. Afinal, como parlamentar de oposição há 10 anos, jamais teria como condicionar doação à troca de favores de governo.
Deputado Federal Felipe Maia (DEM-RN).

IDELI SALVATTI
Em relações as acusações de Sérgio Machado, a ex-ministra Ideli Salvatti tem o seguinte posicionamento:
Ideli não faz declarações à respeito de delações de réus confessos sem ter acesso ao texto. Até porque na delação de um outro réu, ficou demonstrada de forma inequívoca que ele mentiu e assinou embaixo.
A ex-ministra afirma que as doações à sua campanha eleitoral ao governo de Santa Catarina em 2010 foram declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que sua conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade.
Ideli Salvatti
Assessoria de Imprensa

JORGE BITTAR
A propósito das notícias veiculadas sobre a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que cima meu nome, venho a público esclarecer o seguinte:
1.            Nunca tive qualquer contato ou reunião com o Sr. Sérgio Machado com o objetio de solicitar recursos para minha campanha eleitoral.
2.            Todas as doações recebidas por minhas campanhas eleitorais foram feitas de forma legal e devidamente registradas junto à Justiça Eleitoral.

PT
O PT não vai comentar as declarações de Sérgio Machado.

CAMARGO CORRÊA
A Construtora Camargo Corrêa reitera que firmou acordo de leniência para colaborar com a justiça, corrigir irregularidades e ressarcir prejuízos causados

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