Brasil junta-se a Monza na lista de circuitos em perigo na Fórmula 1
Por Alan Baldwin

"Eu acho que a possibilidade é que não acontecerá ano que vem", disse neste sábado o britânico de 85 anos, cuja esposa é brasileira, no Azerbaijão, onde o esporte estreia neste final de semana.
O Brasil, casa dos campeões Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, tem feito parte do calendário sem interrupções desde 1973, com a corrida sendo realizada no Rio de Janeiro em 1978 e entre 1981 e 1989.
O circuito de Jacarepaguá foi demolido e remodelado para a Olimpíada deste ano.
Os organizadores de Interlagos executaram reformas para melhorar as áreas de pit stop e do paddock, mas algumas mudanças pedidas por Ecclestone não aconteceram, por causa de problemas financeiros.
O Brasil, cuja corrida de Fórmula 1 é a única realizada na América do Sul, passa pela sua pior recessão desde 1930 e por uma crise política que, mês passado, resultou no afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Ecclestone disse que as conversas continuam com a vizinha Argentina para uma corrida em Buenos Aires, que saiu do calendário em 1998 por causa das dificuldades financeiras do país.
"Conversamos com eles o tempo todo. Podemos ter uma corrida lá, mas onde eles estão sugerindo não é onde queremos estar. Queremos estar nas principais regiões (de Buenos Aires)", disse.
O futuro da Itália, casa da equipe mais velha e mais bem sucedida, a Ferrari, continua incerto, pois o circuito de Monza ainda não assinou um novo contrato e o atual termina depois da corrida de setembro.
Ecclestone disse que espera que a Itália permaneça no calendário, possivelmente com uma corrida em Ímola - circuito onde Senna morreu em 1994.