Mogi das Cruzes - Primeira manifestação em Mogi leva mais de 500 pessoas às ruas


Com cartazes e bandeiras, grupo marchou pelas ruas de Mogi reivindicando melhorias na gestão e nos serviços
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Fotos: Mayara de Paula
Primeira manifestação ocorreu sem incidentes; a maioria dos participantes era de estudantes, que exigiam melhoras nos serviços

Mogi News
Cerca de 500 pessoas participaram na noite de ontem da manifestação realizada pelas ruas do centro de Mogi das Cruzes. O movimento pode ser considerado uma prévia do protesto marcado para hoje, às 17h30, quando são esperados 10 mil participantes.

O grupo era formado na grande maioria por jovens. Com cartazes e bandeiras, eles gritavam pelo fim da corrupção, por um transporte público de qualidade, por investimento na saúde, pela redução de impostos e até pelo fim da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público.

Durante as quase três horas de passeata não houve nenhum ato de vandalismo.

A concentração ocorreu no Largo do Rosário. Quando partiram do local havia aproximadamente 200 pessoas. Conforme ganhavam as ruas o grupo aumentava.

Quando chegou à Prefeitura, após passar pela Avenida Deodato Wertheimer, Rua Ipiranga, Capitão Paulino Freire, Coronel Cardoso de Siqueira, entre outras, atingiu a marca de 500 participantes, conforme informações da Polícia Militar e até de integrantes do movimento.

Em diversos pontos do trajeto, os deslocamentos ocorreram no meio dos veículos. Já em outros pontos, os participantes sentavam no meio da via, impedindo a passagem dos veículos.

O auge da aglomeração ocorreu em frente à sede do Poder Executivo. Além dos gritos e músicas de protesto, os manifestantes colocaram os cartazes e as bandeiras na entrada do prédio. Do lado de dentro, guardas civis municipais e o secretário de Segurança, Eli Nepomuceno, acompanhavam a movimentação. Mesmo os mais exaltados respeitaram os pedidos de "sem violência" entoados assim que alguma ameaça de vandalismo era praticada.

Os manifestantes ainda passaram pelo Terminal Central e quando chegaram à Praça Osvaldo Cruz, o número de participante já era pequeno.
Pessoas pelas ruas apoiavam a iniciativa. O manifesto ganhou apoio até mesmo dos motoristas que ficaram parados no trânsito.

O tráfego na região central foi bastante prejudicado. Policiais militares e agentes de trânsito interrompiam a circulação conforme o trajeto praticado.

Antes de o protesto ter início, alguns líderes do movimento apresentaram aos agentes de trânsito da Prefeitura o esboço de um possível trajeto que eles pretendiam praticar. Ele foi alterado, mas em nenhum momento houve influência da PM ou dos funcionários da Secretaria Municipal de Transportes, que acompanhavam a mobilização de longe.

Um ponto negativo foram os gritos para que os estabelecimentos comerciais fossem fechados. Com medo, os comerciantes baixaram as portas, mas assim que o grupo passava, voltavam a funcionar.

A Prefeitura encerrou o expediente mais cedo, assim como o Mercado Municipal. O mesmo deverá ocorrer hoje, não somente no Executivo e no mercado, mas muitos estabelecimentos comerciais irão encerrar as atividades mais cedo. Os funcionários já foram avisados.


Bloqueio quebrado
Um veículo, uma Chevrolet Blazer preta, furou o bloqueio feito pela viatura da PM. Ele subiu, em alta velocidade, a Avenida Narcisio Yague Guimarães, passando perto dos manifestantes. A PM o interceptou. Um grupo cercou o automóvel e ameaçou o motorista. A presença dos policiais amenizou maiores consequências. O responsável pelo carro foi multado e liberado em seguida.

Postagens mais visitadas deste blog