Mais de 40 mil moradores de Mogi são japoneses ou descendentes - Dia da Imigração
Eles são chamados de "nikkeis" e correspondem a cerca de 10% do número total de habitantes no município
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Da Reportagem Local
Divulgação
Mogi tem um espaço de lazer feito em homenagem aos imigrantes japoneses, o Parque Centenário, que têm características do Japão
Mogi das Cruzes tem muito o que comemorar hoje, quando é celebrado o Dia da Imigração Japonesa. Segundo a Associação Cultural de Mogi das Cruzes (Bunkyo), o município concentra um grande número de nikkeis, como são chamados, os japoneses e descendentes que moram no País.
A entidade estima que esta população chegue a 40 mil pessoas - quase 10% do total de habitantes do município. Mogi só perde para a capital no número de japoneses ou imigrantes.
E, mesmo com muitas diferenças da época em que os primeiros japoneses chegaram a Mogi, esse povo ajudou e ainda contribui com o desenvolvimento do município.
E, mesmo com muitas diferenças da época em que os primeiros japoneses chegaram a Mogi, esse povo ajudou e ainda contribui com o desenvolvimento do município.
De acordo com o presidente do Bunkyo, Pedro Komura, diferentemente do que ocorreu na chegada, hoje, a maioria deles vive na região urbana. "A zona rural conta com algo em torno de mil famílias", explicou.
As atividades profissionais após todos estes anos estão ligadas ao comércio e à prestação de serviços. "A necessidade de ter um negócio próprio foi mantida pelas novas gerações".
Incorporados há muito tempo ao cotidiano do brasileiro, a atual dificuldade citada pela colônia que vive em Mogi não é diferente da população em geral, a falta de segurança. "Esse é um problema que é repetido não só por quem mora na região urbana, mas, principalmente, por quem vive na zona rural", afirmou Komura.
As atividades profissionais após todos estes anos estão ligadas ao comércio e à prestação de serviços. "A necessidade de ter um negócio próprio foi mantida pelas novas gerações".
Incorporados há muito tempo ao cotidiano do brasileiro, a atual dificuldade citada pela colônia que vive em Mogi não é diferente da população em geral, a falta de segurança. "Esse é um problema que é repetido não só por quem mora na região urbana, mas, principalmente, por quem vive na zona rural", afirmou Komura.
E, mesmo com algumas famílias já na terceira ou quarta geração, as tradições são mantidas.
"Os ensinamentos japoneses foram adaptados à cultura brasileira, mas os pontos principais são seguidos à risca pelos filhos e netos", descreveu Komura, responsável por organizar uma das maiores festas da cultura japonesa no País, o Akimatsuri.
"Ela (a festa) é um dos exemplos de como nós, mesmo muito longe do Japão, mantemos viva a nossa tradição e as nossas origens", afirmou.
Ele contou que muitos orientais ainda pensam em vir para Mogi, mas o contrário já não é tão comum. "Essa semana mesmo vou conversar com um empresário japonês que precisa de mão de obra para levar para o Japão", revelou.
História
A imigração japonesa começou no início do século 1920, por meio de um acordo entre os governos japonês e brasileiro. Em 18 de junho de 1908, chegava ao porto de Santos o navio Kasato Maru, que trouxe 165 famílias. A grande parte era formada por camponeses pobres, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café de São Paulo.
Ele contou que muitos orientais ainda pensam em vir para Mogi, mas o contrário já não é tão comum. "Essa semana mesmo vou conversar com um empresário japonês que precisa de mão de obra para levar para o Japão", revelou.
História
A imigração japonesa começou no início do século 1920, por meio de um acordo entre os governos japonês e brasileiro. Em 18 de junho de 1908, chegava ao porto de Santos o navio Kasato Maru, que trouxe 165 famílias. A grande parte era formada por camponeses pobres, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café de São Paulo.
O Brasil precisava de mão de obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão passava por um período de grande crescimento populacional. Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão.
