Mogi cria comissão para intensificar fiscalização das casas noturnas Mais de mil estabelecimentos começam a ser vistoriados nesta terça. Ação tem caráter preventivo e deve durar um mês.


Secretários e bombeiro concederam entre vista coletiva nesta segunda-feira (Foto: Carolina Paes/G1)Secretários e bombeiro concederam entre vista
coletiva nesta segunda-feira (Foto: Carolina Paes/G1)
Carolina PaesDo G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Uma comissão de fiscalização foi criada em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo, para vistoriar bares e casas noturnas da cidade. A determinação partiu do prefeito da cidade, Marco Bertaiolli, depois da tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A abordagem, denominada Força Tarefa vai vistoriar 1.118 estabelecimentos de Mogi. A mobilização começa nesta terça-feira.
A ação deve contar com a ajuda dos departamentos de fiscalização e Defesa Civil da prefeitura, além do Corpo de Bombeiros. Em um primeiro momento, a equipe formada por 10 fiscais e 6 bombeiros deve se dividir entre as sete grandes casas noturnas e 14 bares e chopperias de Mogi.
Todos os detalhes dessa operação foram passados em uma coletiva de imprensa convocada pelo secretário de Segurança Eli Nepomuceno. Além dele, estavam também presentes, os diretores do Departamento de Fiscalização, Joaz Batista, da Defesa Civil, Valdir de Oliveira, além do Major do Corpo de Bombeiros, Jean Carlos de Araújo Leite.
De acordo com Eli Nepomuceno, essa operação deve durar um mês, e tem um caráter totalmente preventivo e de orientação “Iremos verificar o alvará de cada local e ver comoeles estão funcionando. Começamos os trabalhos já amanhã (29) durante o dia. Nesse final de semana, 15% dos estabelecimentos com grande aglomeração já serão fiscalizados”.
O levantamento exato dos locais com essas características no município ainda está sendo finalizado, mas até o momento a prefeitura tem  1.118 boates que irão passar por vistoria.  “Nenhum dos estabelecimentos está com o alvará vencido aqui em Mogi, mas se encontrarmos algo em desacordo com as normas de segurança o local pode ser fechado ou ser obrigado a suspender as atividades”, diz Nepomuceno.
Carnaval 
Para o carnaval, o secretário assegura que todos os clubes estão preparados para receber o público “Há mais de um mês os clubes de bailes da cidade já apresentaram a documentação. É importante que nessa época, e em qualquer momento, a população nos ajude a fiscalizar denunciando irregularidades e perigos na Ouvidoria da prefeitura no telefone 156”.
Vistoria
Entre os quesitos que serão vistoriados pela Força Tarefa estão ítens de segurança como lotação adequada do local, saídas de emergência, treinamento dos funcionários para situações de perigo, equipamentos de segurança como extintores,  sprinkler, detectores de fumaça e alarme de incêndio.
De acordo com o Major Jean, do Corpo de Bombeiros, as casas noturnas devem seguir algumas normas regulamentadas pelo Estado “A capacidade do local deve ser de acordo com a área útil, com base no número de duas pessoas por metro quadrado. A partir disso, se calcula as dimensões e a quantidade necessárias de saídas de emergência. Quanto à utilização de materiais inflamáveis para revestimento acústico, os bombeiros exigem laudo de resistência do material, no qual deve ser aplicado um produto resistente a fogo.”
Regras
Porta deve tem barra antipânico em casa noturna. (Foto: Divulgação/ Renato Nogueira)Porta deve tem barra antipânico em casa noturna.
(Foto: Divulgação/ Renato Nogueira)
Para abrir uma casa de show, bar ou chopperia na cidade é preciso seguir algumas regras. Segundo o diretor do departamento de fiscalização da prefeitura, Joaz Batista, um processo deve ser encaminhado para a Secretaria de Planejamento “Primeiro é preciso verificar o zoneamento da área, se lá comporta o comércio pedido pelo cidadão.
Para casas noturnas, por exemplo, é preciso laudos de vistoria do corpo de bombeiros, da Vigilância Sanitária, da Cetesb e da prefeitura. O Sistema Integrado de Licenciamento (SIL) ou alvará só sai depois que um fiscal ainda for ao local para ver não há desvio de atividade e se tudo está conforme pedido já solicitado.”
Opiniões
O biomédico Felipe Luiz, de 22 anos, mora em Mogi das Cruzes e costuma freqüentar a noite da cidade. Segundo ele, a tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, fez com que ele pensasse mais na segurança dos locais que vai. “Acho muito necessária essa atitude da prefeitura por aqui. Após o que aconteceu na casa noturna do Sul, me dei conta que aqui em Mogi existem casas com poucas saídas de emergência e que não são sinalizadas. A partir de hoje vou ficar mais atento na segurança de locais fechados.”
O casal de namorados Janaína Souza e Adrison Ortega, costuma frequentar boates em Mogi das Cruzes. Ortega confessa estar inseguro “Ficamos assustados e de certa forma mais conscientes porque muitos lugares têm instalações precárias e falta de extintores”, diz Ortega. 

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