Mais de 850 funcionários demitidos da Tsuzuki protestam em Suzano

Diário de Suzano ed.: 9061 - 30 de novembro de 2011

Os mais de 850 funcionários demitidos pela Indústria Têxtil Tsuzuki protestaram contra a falta de pagamento das rescisões de contrato e do salário do último mês trabalhado. As demissões aconteceram em novembro de 2010 e março desse ano. O grupo de mais de mil pessoas se reuniu em frente à Justiça do Trabalho, na Rua Paraná, e caminhou em passeata até a empresa, localizada na Avenida Jorge Bey Maluf.
A reunião dos ex-funcionários foi agendada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Fiação e Tecelagem de Mogi das Cruzes, que tinha como objetivo esclarecer aos trabalhadores as ações realizadas para que a empresa quitasse a dívida. Somente em verbas trabalhistas, o Sindicato dos Têxteis afirma que a dívida chega a R$ 10 milhões.
"Estamos esclarecendo os trabalhadores que ainda tem dúvidas em relação à mobilização do sindicato e cobram informações. E também queremos sensibilizar a Justiça de que o que a empresa faz com os ex-funcionários é uma crueldade, já que foram demitidos e não receberam o pagamento devido", explica a advogada dos trabalhadores, Valdina Alves de Souza.
ÚLTIMO SÁBADO Como no último sábado terminou o prazo de 180 dias para a recuperação judicial da empresa (período para que a Tsuzuki se restabelecesse financeiramente e pudesse pagar credores e funcionários), o sindicato já protocolou na Justiça a execução das ações referentes às rescisões e ingressou com uma ação de arresto do terreno onde está a fábrica para que seja usado como pagamento da dívida.
DENÚNCIAS Enquanto representantes do sindicato esclareciam para as pessoas que compareceram ao ato, denúncias sobre negociações de equipamentos e aluguel de terreno por parte da empresa, assim como despejo de ex-funcionários que moram no conjunto de casas dentro da unidade foram levantadas.
"A Justiça do Trabalho fez a parte e deu ganho de causa aos trabalhadores, mas a Tsuzuki não cumpriu. E também não explicou porque passou R$ 20 milhões para outra empresa e nem porque mesmo com a venda de equipamento e o aluguel de terrenos, um deles no valor de R$ 500 mil ao mês para o canteiro do Rodoanel, ainda não pagou os funcionários. E ainda ameaçam de despejo quem mora na vila", afirmou.
INSATISFEITOS Insatisfeitos com as novas denúncias, os ex-funcionários decidiram realizar uma passeata até a empresa.
O grupo desceu pela Avenida Antônio Marques Figueira e passou pelo Viaduto Leon Feffer até chegar a Avenida Jorge Bey Maluf.
Tentativas de derrubar o portão, propostas de acampamento e até de paralisação da empresa foram propostas. Mas ainda na hora do almoço, o grupo se dispersou e decidiu aguardar uma nova proposta da empresa.

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