Mais de 700 bactérias são encontradas no micro-ondas, dizem cientistas
Mais de 700 bactérias são encontradas no micro-ondas, dizem cientistas - ICL Notícias
Pesquisadores espanhóis publicaram estudo na revista Frontiers in Microbiology
descobriram que o micro-ondas pode ser o habitat de mais de 700 tipos de bactérias.
Ao todo, os pesquisadores acharam 747 gêneros diferentes de 25 linhagens bacterianas. Eles também descobriram que a composição da comunidade bacteriana era semelhante entre micro-ondas compartilhados e micro-ondas domésticos.
Já os micro-ondas de laboratório, possuem uma composição diferente, com uma diversidade maior de bactérias.
O objetivo do estudo era identificar se as comunidades microbianas sofrem influência de interações alimentares, e os hábitos das pessoas que usam o eletrodoméstico.
Para a pesquisa, os cientistas se utilizaram de 2 métodos complementares: o sequenciamento de última geração e cultivo de 101 cepas em cinco meios diferentes.

Bactérias encontradas
Nos micro-ondas domésticos, foram encontrados bactérias dos seguintes gêneros:
- Acinetobacter;
- Bhargavaea;
- Brevibacterium;
- Brevundimonas;
- Dermacoccus;
- Klebsiella;
- Pantoea;
- Pseudoxanthomonas;
- Rhizobium.
Nos micro-ondas compartilhados, foram encontradas bactérias dos seguintes gêneros:
- Arthrobacter;
- Enterobacter;
- Janibacter;
- Methylobacterium;
- Neobacillus;
- Nocardioides;
- Novosphingobium;
- Paenibacillus;
- Peribacillus;
- Planococcus;
- Rothia;
- Sporosarcina;
- Terribacillus.
Ao compara as bactérias achadas nos micro-ondas, com as da superfície das cozinhas, os pesquisadores viram que a semelhança era muito grande.
“Algumas espécies de gêneros encontradas em micro-ondas domésticos, como Klebsiella, Enterococcus e Aeromonas, podem representar um risco à saúde humana. No entanto, é importante notar que a população microbiana encontrada em micro-ondas não apresenta um risco único ou aumentado em comparação a outras superfícies comuns de cozinha”, afirma Daniel Torrent, um dos autores do estudo e pesquisador da start-up Darwin Bioprospecting Excellence SL em Paterna, Espanha, em comunicado à imprensa.
Para os cientistas, a melhor maneira de evitar essas bactérias é usar uma solução de alvejante diluída ou spray desinfectante.
“Além disso, é importante limpar as superfícies internas com um pano úmido após cada uso para remover qualquer resíduo e limpar respingos imediatamente para evitar o crescimento de bactérias”, recomendou Torrent.
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