Moraes determina que Comandante do Exército afaste Cid das funções
Na decisão que concedeu a liberdade provisória ao tenente-coronel Mauro Cid, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afaste o militar das suas funções.
DETERMINO, ainda, nos termos do artigo 319, VI do Código de Processo Penal, o AFASTAMENTO de MAURO CÉSAR BARBOSA CID do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército, devendo ser comunicado, imediatamente, o Comandante do Exército.
Alexandre de Moraes, em despacho que determinou a soltura de Cid
Antes de ser preso, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro estava trabalhando no Comando de Operações Terrestres.
Segundo fontes militares ouvidos pela coluna, o comandante do Exército já tomou ciência da decisão de Moraes e está providenciando as medidas que serão adotadas.
A expectativa é que Cid deixe ainda hoje o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde está preso desde maio.
Delação homologada
O ministro Alexandre de Moraes também homologou o acordo de delação realizado entre Cid e a Polícia Federal após verificar a "regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade".
O ministro decidiu ainda que Cid terá que cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
Ele também determinou o cancelamento de passaporte, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo em nome do militar e a proibição do uso de redes sociais.
Reportagem
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