Governo Bolsonaro tentou trazer joias ilegalmente ao país para Michelle


 | Metrópoles 

Augusto Tenório
03/03/2023 20:42, atualizado 03/03/2023 23:32
Michelle e Jair Bolsonaro
Reprodução

O governo de Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ao Brasil, ilegalmente, diversas joias avaliadas em mais de R$ 16 milhões. As joias seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que visitou o país árabe em outubro de 2021, acompanhando a comitiva presidencial.

Tratam-se de anel, colar, relógio e brincos de diamante. Os objetos foram aprendidos no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia.


Conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou o caso, Bento foi à alfândega quando soube da apreensão das joias e tentou usar o cargo para liberar os diamantes. Um dos argumentos usados pelo então ministro foi de que tratava-se de um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro.

No Brasil, a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado à Receita Federal. Dessa forma, o agente do órgão reteve os diamantes.

Ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque

O governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, através dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores.

Numa quarta movimentação para reaver os objetos, realizada a três dias de Bolsonaro deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar a Guarulhos. O homem teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

Bolsonaro chegou a enviar ofício ao gabinete da Receita Federal, solicitar que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

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