Programa Desenrola pode negociar dívidas de 40 milhões de brasileiros com renda de até R$ 2.600
Membros do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) conversaram sobre a proposta. Veja o modelo de funcionamento

247 - O programa Desenrola Brasil, proposta do governo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a renegociação de dívidas, pode ajudar até 40 milhões de brasileiros endividados e que recebem até dois salários mínimos (equivalentes a R$ 2.604 somados, atualmente). Membros do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) conversaram sobre a proposta esta semana.
A informação foi publicada nesta sexta-feira (20) pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o Serasa, o valor das dívidas dos clientes negativados chegava a R$ 301,5 bilhões em outubro, dos quais R$ 215 bilhões estão fora do sistema bancário.
São débitos com empresas concessionárias de energia elétrica, abastecimento de água e carnês de loja.
Um total de R$ 150 bilhões dos R$ 301 bilhões é dívida de 35 milhões a 40 milhões de brasileiros com renda de até dois salários mínimos.
Atualmente, quase 70 milhões de consumidores estão negativados por inadimplência.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que bancos públicos e privados têm interesse na negociação.
"A equalização do endividamento tem um importante apelo social, já que cria condições para ampliar a inclusão financeira dos mais necessitados, aumenta o consumo e contribui para uma expansão das operações de crédito", disse.
O dirigente destacou a importância de saber qual público será beneficiado com a proposta do governo.
"O desafio é quem alcançar e quais serão as dívidas. A tendência é que sejam aqueles devedores que ganham até dois salários mínimos, e as dívidas sejam aquelas do dia a dia das pessoas, como concessões de serviços públicos, crediário", acrescentou.
Funcionamento
Membros do governo pretendem criar um site em que o consumidor consulte suas dívidas e demonstre interesse na negociação.
Bancos farão ofertas de financiamento.
A instituição que oferecer a menor taxa de juros terá acesso preferencial ao programa.
Cada consumidor terá um limite de dívidas a serem negociadas pelo programa Desenrola.
O valor será calculado após os descontos.
Ainda segundo a reportagem da Folha, o Banco do Brasil ficará responsável pelo fundo do Desenrola.
Será o gestor e operador do dinheiro.
A centralização das negociações deve ser feita pelos bureaus de crédito - um deles, a própria Serasa. Bureaus são serviços de proteção ao crédito. Outro exemplo, é o SPC Brasil.
https://www.brasil247.com/economia/programa-desenrola-pode-negociar-dividas-de-40-milhoes-de-brasileiros-com-renda-de-ate-r-2-600-bs4sx65n