O blefe de Bivar – O Bastidor
Gente do União Brasil e do PT ouvida pelo Bastidor achou graça da história de um possível acordo, no qual Luciano Bivar desistiria de sua candidatura à Presidência da República para tentar se eleger deputado federal e, em troca, teria o apoio do PT para concorrer à presidência da Câmara no ano que vem.
De acordo com fontes dos dois partidos, não tem nada disso.
Trata-se apenas de uma jogada de Bivar para dar importância política à sua desistência.
Ele não alcançou nem 1% das intenções de voto, segundo as pesquisas.
O Bastidor já informou o motivo que o levou a se lançar candidato, mesmo sabendo que nem sequer iria para o segundo turno.
Agora, após avaliar a possibilidade de abandonar a pré-candidatura, ele busca uma saída.
De acordo com fontes petistas, Bivar procurou interlocutores no PT oferecendo a retirada de sua candidatura em troca de apoio para se candidatar presidente da Câmara, caso seja eleito deputado federal.
A resposta dos primeiros interlocutores, disse uma fonte petista, foi que seria bom para Lula ter menos candidaturas a presidente, mas que não havia possibilidade de se chegar a um acordo nos termos propostos.
Em outras palavras: o PT não tem interesse.
No União Brasil, fontes também disseram ao Bastidor que não há nem lastro político para uma aproximação.
Bivar pode querer, mas no partido há muita gente historicamente adversária do PT e até próxima de Jair Bolsonaro.
Um dos casos é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, favorito à reeleição.
Outro é ACM Neto, favorito na Bahia.
Neto esboçou um acordo de não agressão com o PT no início da pré-campanha, mas recuou ao perceber suas chances eram de vencer no primeiro turno.
Onde pode ganhar, o União Brasil não precisa do PT.
Um correligionário resume assim a tentativa de Bivar: "Ao vender a história, ele tentou fazer caldo em água rala."
