A pedido de Aras, Toffoli arquiva abertura de inquéritos da delação de Cabral

A pedido de Augusto Aras, o plantonista Dias Toffoli rejeitou a abertura de inquéritos com base na delação premiada de Sérgio Cabral, assinada com a Polícia Federal.
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O Antagonista apurou que o presidente do STF acolheu o pedido de arquivamento de três inquéritos que iriam investigar ministros do STJ e do TCU.

Na prática, as decisões tomadas por Toffoli revertem a autorização dada por Edson Fachin, que homologou a delação do ex-governador do Rio.

Em março, Fachin autorizou que a PF abrisse 12 novos inquéritos no Supremo para investigar as acusações feitas por Cabral contra autoridades com foro privilegiado.

O ministro, então, enviou os novos processos –todos sob sigilo– para que o presidente do Supremo os encaminhasse para sorteio de um novo relator, que acompanharia as investigações.

Em vez disso, porém, Toffoli encaminhou os processos para a manifestação da PGR. E Aras pediu que três deles fossem sumariamente arquivados, antes mesmo de a PF começar a investigar.

De acordo com reportagem da Crusoé, Cabral delatou pelo menos cinco ministros do TCU. Segundo o ex-governador, os ministros Vital do Rêgo, Bruno Dantas e Raimundo Carreiro receberam mesadas de R$ 100 mil cada um durante quase um ano. Esse dinheiro seria pago pelo ex-presidente da Fecomércio Orlando Diniz.

Os ministros do TCU Aroldo Cedraz e Valmir Campelo também são citados por Cabral, segundo a Crusoé. 

O primeiro teria recebido propina para “proteção dos interesses” de Orlando Diniz na Fecomércio do Rio. 

Campelo teria recebido suborno para garantir a regularidade de obras de infraestrutura no Rio, durante a gestão de Sérgio Cabral.

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