Caminhoneiros - Novo preço prejudica trabalho da categoria - Reajuste de R$ 0,10 por litro no valor do diesel, válido desde ontem em todo o país, deve provocar movimento dos motoristas pela elevação dos fretes


O reajuste de R$ 0,10 por litro no preço do diesel começou a valer ontem em todos os postos de combustível do país. 


O aumento foi anunciado anteontem, pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. 
Porém, caminhoneiros da região já começam a debater sobre esse novo valor e pensam em alternativas para contornar o prejuízo.
Para Dorival Monteiro, 69 anos, caminhoneiro, como disse, "desde sempre", a única saída que ele consegue ver é aumentar o preço do frete. "Infelizmente, vamos ter que aumentar o frete. Não dá para usar um combustível caro sem aumentar outra coisa e o frete acaba não compensando com o preço do diesel'', comparou.
De acordo com outro caminhoneiro, Marco Aurélio Becaro, 56, esse reajuste vai pesar para todos. "Se você for pensar, o aumento do diesel acaba aumentando todas as coisas e isso vai acarretando tudo. Você vai fazer uma compra no supermercado e acaba gastando muito mais, por causa disso'', lamentou.
No anúncio feito pelo presidente da Petrobras, o valor que foi apresentado anteontem é inferior ao valor vetado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. "O frete marítimo caiu e por isso o aumento foi menor que o anunciado, de 5,7%. Esse acontecimento teve final feliz'', afirmou Castello Branco.
No entanto, o caminhoneiro João Borges da Silva, 53, afirmou que algumas mudanças precisam ser feitas no Brasil. "Com esse aumento do diesel, nós vamos ter que aumentar o frete, não tem jeito. Eu acredito que, se continuar assim, provavelmente vai ter mais uma paralisação. Só que, durante os 11 dias que nós ficamos em greve, nós paramos muita coisa. Agora imagina se isso ficar por mais tempo'', falou, lembrando a paralisação do ano passado.
Vale lembrar que a greve de maio de 2018 trouxe diversos problemas para o país. 
Com os caminhões parados, os combustíveis deixaram de ser distribuídos e, com isso, outros produtos essenciais, como alimentos, também não foram entregues, deixando o comércio sem mercadorias e provocando o aumento do preço dos produtos.
*Texto supervisionado pelo editor.  - Nicolas Takada* - http://www.portalnews.com.br/

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