Moro diz ver com preocupação ação do PT contra restrição de visitas em presídios

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse ver com preocupação a ação promovida pelo Partido das Trabalhadores no Supremo Tribunal Federal (STF) contra sua portaria que tornou mais rígida as regras para visitas a presos em penitenciárias federais. 
Moro participou nesta quinta-feira (25) de um encontro com empresários do Comitê Brasileiro da Câmara de Comércio Internacional.
“Vejo com preocupação a tomada de iniciativa, inclusive vinda de um partido político”, afirmou. 
O ministro ressaltou que a medida foi tomada para salvaguardar a sociedade de ordens de organizações criminosas que partem de dentro das penitenciárias. 
De acordo com o decreto, visitas em presídios federais de segurança máxima serão restritas ao parlatório e videoconferências. 
Na justificativa do pedido, o PT quer assegurar o direito dos detentos às visitas de familiares nos pátios.
O ministro também foi questionado sobre o fato de a Polícia Federal autorizar a entrada de outros jornalistas para acompanhar as entrevistas exclusivas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concederá em Curitiba.
Moro se negou a fazer comentários e afirmou que questões relacionadas ao ex-presidente ficaram no passado. “Não me interesso sobre o tema”, declarou.
O ministro declarou apenas que espera que a aprovação do projeto de condenação em segunda instancia ocorra ainda esse ano. “O governo está trabalhando para isso.

Pacote anticrime

Sérgio Moro disse também que a aprovação do pacote anticrime será a demonstração do comprometimento do governo contra a corrupção. 
“Acreditamos que o projeto será aprovado não apenas pelo seu valor intrínseco, mas para mostrar a posição do governo com relação a essa questão.”
Moro declarou que em outros governos os esforços no combate a corrupção ficaram apenas com as cortes judiciais, o Ministério Público e a Polícia Federal. 
“Não foram tomadas atitudes de lideranças com relação a corrupção. Mas sim, tentativas de acobertamento”, afirmou.
O ministro ainda voltou a comparar a tramitação do pacote com o andamento da Reforma da Previdência. 
“Sei que existe um foco do congresso em cima da Nova Previdência. Mas eu diria que esse tema (pacote anticrime) também é igualmente importante. Isso também afeta a produtividade da economia.”
Ressaltou, por fim, que os dois projetos estão correndo bem no Congresso e que “existe uma corrida salutar” entre ambos. 
O ministro acredita que a aprovação dos projetos em uma das casas será ainda no primeiro semestre.
  • Por Victoria Abel / Jovem Pan

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