Imóveis - Donos de usados reclamam da crise e dos prejuízos, mas não aceitam a queda dos preços

Está difícil vender um imóvel hoje em dia. O tempo médio para concretizar o negócio bate recorde e, mesmo assim, alguns preços não caem, como seria de se esperar.

“São três quartos, sendo uma suíte, varandão, sala, cozinha e uma pequena área, e duas vagas na garagem - 130 metros quadrados”, anuncia a artista plástica Aglaia Peltier.

Preço inicial: R$ 750 mil, isso há cinco anos. Hoje o imóvel está anunciado por R$ 600 mil. E ainda sem comprador:

“Prejuízo. Você paga IPTU, você paga condomínio, conservação do apartamento. Você de vez em quando tem que dar uma limpeza, e aqui em volta de mim também tem vários... mesma situação minha. Eu acho que é a crise. A crise está feia. Não há dinheiro. Não sei quando vai melhorar essa situação”, lamenta Aglaia.

No Brasil, o tempo médio para se vender uma casa ou apartamento chegou a um ano e quatro meses, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias. É o maior tempo de espera já registrado.

Mas, mesmo com tanta oferta, os preços dos usados cedem pouco. 

Explicação
Com o excesso de oferta e estoque alto o normal seria que todos os preços baixassem mais. Mas não foi isso que aconteceu. Os corretores explicam que os donos dos imóveis antigos resistem em cobrar menos. Já nos lançamentos, as empresas não podem esperar.

“Tem muito imóvel antigo estocado porque o vendedor do imóvel antigo não é profissional de venda. Cada um pede o preço que prefere. Então é um pouco mais difícil de lidar”, explicou Edson Pires, que é diretor de imobiliária.
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