Greve dos Bancários - Bancos frustram bancários na negociação, não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para bancário, “Os bancos cobram juros exorbitantes, tarifas altíssimas, só eles querem ganhar.

Pela segunda vez, Fenaban volta à negociação com Comando Nacional dos Bancários sem apresentar nada de novo e insiste no índice rebaixado de 7% mais abono de R$ 3.300; greve vai crescer mais
Cláudia Motta, Redação Spbancarios
15/9/2016 (atualizado às 20h09)


São Paulo – Pela segunda vez os bancos voltaram à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários e não apresentaram proposta nenhuma. Na tarde dessa quinta-feira 15 novamente insistiram no índice de reajuste de 7% – que representa 2,39% abaixo da inflação – com abono de R$ 3.300.

Comando orienta que a mobilização deve continuar e cada vez mais forte até que uma proposta decente seja apresentada. Nesta sexta-feira 16, a paralisação nacional chega ao 11º dia.

  Orientações para a greve
  Dez motivos que levaram à greve

"Os bancários estavam esperando uma nova proposta. Desde o último dia 9, quando os 7% foram apresentados, mais duas rodadas foram realizadas e nada de novo”, lembra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.


 “Os dirigentes do Comando deslocam-se de todo o Brasil para cá, demonstrando disposição para negociar e resolver a campanha. Mas os bancos nada! Vamos fortalecer a greve ainda mais e deixamos claro que só terá nova negociação quando tiverem proposta com ganhos para os trabalhadores”, avisa a dirigente, uma das coordenadoras do Comando.

> Quase 60 mil bancários parados no 10º dia de greve

Desde a entrega da pauta, em 9 de agosto, foram realizadas oito rodadas de negociação. “E em todas elas, sempre deixamos claro: não tem crise para banqueiro, não pode ter crise para bancário. Somente nos seis primeiros meses deste ano, o lucro do setor bateu a casa dos R$ 29,7 bilhões. Os funcionários do setor que mais lucra no Brasil querem aumento digno, valorização do VA, do VR, do auxílio-creche, querem manter o vale-cultura, querem o parcelamento do pagamento de férias, mas para tudo isso os bancos disseram não”, completa Juvandia.

Nada sobre emprego – Além de manter a proposta de reajuste rebaixado, os bancos recusam assumir um compromisso de proteção aos empregos, fundamental para os bancários. Somente nos sete primeiros meses deste ano, quase 8 mil postos de trabalho foram extintos pelas cinco maiores instituições (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa). “Uma situação absurda que traz sobrecarga e adoecimento para os bancários, mau atendimento para a população”, ressalta a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva. “Os bancos cobram juros exorbitantes, tarifas altíssimas, só eles querem ganhar. Mas os bancários estão na luta e vão virar esse jogo mais uma vez.”

Organização – O Comando de Greve reúne-se na tarde desta sexta, a partir das 17h, no Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro).

Bancários nas ruas – A assembleia marcada para segunda-feira 19 vai tomar as ruas do Centro Velho da capital, numa passeata. "Vamos às ruas, em passeata, dizer um não à Fenaban, em alto e bom som e denunciar à população que a culpa da greve é dos bancos. Participe, só a luta te garante!”, convoca Ivone.

A concentração será em frente à sede do Sindicato (Rua São Bento, 413), a partir das 17h.

Carta-aberta – O Comando Nacional dos Bancários também vai divulgar uma carta-aberta à população lembrando que a culpa da greve é dos bancos, que apesar do lucro exorbitante, dos altos juros e das tarifas abusivas, não dão contrapartida à sociedade, e cobrando que a Fenaban negocie com seriedade e resolva a campanha o mais breve possível.

🛒 Conheça o Supermercado Higa"s 😃🛒

🛒 Conheça o Supermercado Higa"s 😃🛒
Com mais de 35 anos de história, o Supermercado Higa"s é sinônimo de confiança, Variedade e atendimento excepcional.

Postagens mais visitadas deste blog