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Planalto teme que situação de Renan reflita em votação do impeachment - por Gerson Camarotti

De forma discreta, o Palácio do Planalto passou a torcer pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), depois da revelação das primeiras conversas dele com o ex-senador e ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

A avaliação realista é que o agravamento da situação de Renan vai ter reflexo não só nas votações de matérias da pauta econômica no Congresso, mas também na votação final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

No Planalto, existe a preocupação de que a situação de Renan possa se agravar com a divulgação completa dos diálogos de Sérgio Machado, que inclui conversas com vários peemedebistas.


Também existe apreensão com a possibilidade de a delação premiada do ex-presidente da Transpetro acabar atingindo integrantes da cúpula do PMDB.

  • Na madrugada, Temer telefona para Renan e agradece votação

    O presidente em exercício Michel Temer só foi dormir às seis da manhã desta quarta-feira (25), depois que saiu a o resultado da votação da mudança da meta fiscal no Congresso Nacional. Ainda na madrugada, Temer fez questão de telefonar para o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para agradecer o empenho em conseguir manter a sessão e aprovar a nova meta fiscal.
  • Planalto teme que foco em Renan crie clima de incerteza no Congresso

    O Palácio do Planalto teme que um possível foco da Operação Lava Jato no presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ampliará o clima de instabilidade no Congresso.
    O temor é de que isso crie um clima de incerteza no momento em que será preciso aprovar medidas apresentadas pela equipe econômica, muitas delas por emenda à Constituição.

    Segundo auxiliares do presidente em exercício Michel Temer, as gravações reveladas pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta quarta-feira (25) nas quais Renan defende a mudança na lei das delações premiadas não mostram qualquer tentativa de interferência do peemedebista no rumo da Lava Jato.

    Mas a preocupação é que acabem surgindo novas citações colocando o presidente do Senado no centro de futuras operações da Lava Jato.

    Um auxiliar de Temer chegou a comemorar o resultado na votação nesta madrugada da revisão da meta fiscal. "Mas temos muitos desafios à frente. Portanto é preciso ter um ambiente de mais tranquilidade no Congresso", reconheceu esse auxiliar.

    No governo Dilma Rousseff também havbia uma preocupação no Planalto em relação a Renan. Isso porque ele era considerado o fiador da petista, antes de ser afastada.
  • Temer aproveita discurso para mandar recado a manifestantes

    Incomodado com os protestos em frente à casa dele, em São Paulo, o presidente em exercício, Michel Temer, mandou um recado indireto para os manifestantes.

    Em seu discurso durante o anúncio de medidas econômicas no Palácio do Planalto, afirmou: “Fui secretário de Segurança Pública em São Paulo e tratava com bandidos". A afirmação foi dada ao argumentar que sabe conduzir um governo e que, se necessário, voltará atrás sempre que identificar um erro.

    Mas também foi uma reação ao que considera uma intimidação da própria família. De forma reservada, ele vem manifestando contrariedade com os protestos diante da residência.
    • Licença foi saída honrosa; Jucá não volta para Planejamento

      Auxiliares do presidente em exercício Michel Temer afirmam que a licença anunciada nesta segunda-feira (23) por Romero Jucá foi uma saída honrosa encontrada para ministro do Planejamento. Mas, segundo os mesmos interlocutores de presidente em exercício, Jucá não vai voltar ao governo.

      A partir de agora, o Planalto já procura nomes para ocupar o comando do Ministério do Planejamento: "O desgaste provocado com as gravações de Jucá deixaram a situação insustentável. Se ele ficar no governo, passa a comprometer a própria imagem de Temer", disse ao blog um auxiliar de presidente em exercício.

    Autores

    • Gerson Camarotti

    • Gerson Camarotti é comentarista político da GloboNews e repórter especial do Jornal das Dez. Desde 2012, é o titular desta coluna no G1, portal de notícias da Globo.

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    Sobre a página

    Camarotti é jornalista formado pela Unicap com pós-graduação em ciência política pela UnB. Pernambucano e torcedor do Náutico desde 1973. Está em Brasília desde 1996, onde passou pelas sucursais das revistas "Veja" e "Época", e pelos jornais "O Globo", "O Estado de S.Paulo" e "Correio Braziliense". Em 2013, foi enviado a Roma pela GloboNews para cobrir o conclave. Fez a primeira entrevista exclusiva do Papa Francisco. É coautor do livro "Memorial do Escândalo" (2005) e autor de “Segredos do Conclave” (2013). Em 2015, lançou o documentário “Morte e Vida Severina, 60 anos depois”.

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