Empréstimos para imóveis despencam 56% no 1º quadrimestre - O Tempo
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Em termos anuais, ou
seja, comparativamente a abril de 2015, quando as condições de oferta e
demanda de crédito se mostravam mais dinâmicas, houve queda de 67,7%”
O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com
recursos da poupança registrou queda de 20,5% em abril ante março, totalizando
R$ 3,5 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito
Imobiliário e Poupança (Abecip).
O montante, conforme mostram os dados da
entidade, voltou a cair em termos mensais, após reação positiva observada em
março.
No acumulado dos quatro primeiros
meses do ano, foram financiados R$ 14,4 bilhões, retração de 56,7% ante igual
intervalo do ano passado.
Na comparação com abril do ano passado, a cifra registrada no mês passado
foi 62% menor, segundo a Abecip. Foram financiados 14,4 mil imóveis em abril
nas modalidades de aquisição e construção.
“O resultado mostrou-se mais
alinhado com o observado em janeiro e fevereiro, e abaixo do realizado em
março, em relação ao qual caiu 26,6%.
Em termos anuais, ou seja,
comparativamente a abril de 2015, quando as condições de oferta e demanda de
crédito se mostravam mais dinâmicas, houve queda de 67,7%”, avaliou a Abecip,
em nota.
De janeiro a abril, foram financiados 62,2 mil imóveis, queda de 59,6% em
relação ao mesmo período de 2015, quando 154,1 mil unidades obtiveram
financiamento bancário.
De acordo com a Abecip, no acumulado de 12 meses
encerrados em abril último, foram destinados R$ 56,7 bilhões à aquisição e
construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), queda de 49,3% em relação ao mesmo
período do ano anterior.
Em termos de unidades, o crédito imobiliário
viabilizou a aquisição e a construção de 249,6 mil imóveis, com redução de
52,4%.
A Abecip destacou que os saques nas cadernetas de poupança continuaram
superando os depósitos em abril e a captação líquida foi negativa em R$ 6,3
bilhões.
“No atual cenário macroeconômico, com a taxa de juros básicos da
economia em patamar elevado (14,25% ao ano), as cadernetas continuam pouco
competitivas em termos de rendimento comparado ao das demais aplicações
financeiras”, justificou a entidade.
Por outro lado, caso a expectativa de
queda de juros se confirme, o ritmo de perdas de recursos das cadernetas tende
a se reduzir, talvez já no segundo semestre deste ano.
(O Tempo - Capa - Economia - 28/05/2016)