Vazamento revela offshores ligadas a alvos da Lava-jato Informações foram obtidas a partir de documentos do escritório de advocacia Mossack Fonseca, do Panamá. Entenda o caso

Jornal da CBN com Mílton Jung

Um dos jornalistas que integram o consórcio que teve acesso ao material, José Roberto de Toledo, de 'O Estado de S. Paulo', afirma que são analisados 11,5 milhões de documentos do escritório Mossack Fonseca desde 1977 até o ano passado.

 

Toledo afirma que o material foi enviado por uma fonte anônima a um jornal alemão, que o julgou tão extenso que ofereceu uma parceria ao consórcio internacional de jornalistas investigativos. Iniciado há um ano, o trabalho envolve 376 jornalistas de 109 veículos em 76 países, que analisam e-mails, contratos, certificados e documentos.

Ele cita entre os casos a descoberta de pessoas próximas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que, usando offshores montadas pela Mossack Fonseca, esconderam até US$ 1 bilhão.

‘O primeiro-ministro da Islândia corre o risco de perder o cargo porque ocultou que ele e a mulher eram donos de uma offshore com interesses nas negociações sobre resgate de dívida de bancos que quebravam no país durante a crise de 2008’, afirma.

O jornalista lembra que, na 22ª fase da operação Lava-jato, a Polícia Federal apreendeu computadores da empresa no Brasil. Com isso, a corporação pode ter tido acesso a documentações que não estavam disponíveis no escândalo global.

 

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