Cardozo diz que governo irá recorrer ao STF caso Câmara aprove impeachment Em entrevista à rádio CBN, o advogado-geral da União afirmou que a estratégia inicial do governo é que o processo seja barrado no plenário pelos deputados.
Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo faz defesa de Dilma na comissão do impeachment
Crédito: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados |
Em não havendo a restauração do direito, a questão será levada ao Judiciário.
Não é apenas o direito de uma pessoa acusada, e sim o Estado Democrático de Direito, a democracia e a aplicação plena de princípios historicamente consagrados na Constituição de 1988’, afirma.
Ele afirma que o processo de impeachment
tem corrido em desconformidade com a Constituição.
Para José Eduardo
Cardozo, houve violação do direito de defesa quando o advogado que
representava a presidente pediu a palavra e foi impedido de falar
durante a leitura do relatório na comissão que analisa o processo.
O advogado-geral da União criticou o
fato de o relator Jovair Arantes (PTB-GO) citar fatos anteriores a 2015 e
citá-los antes da leitura na comissão.
De acordo com ele, isso é
suficiente para pedir a nulidade do processo.
‘Ele usou um subterfúgio
completamente fora daquilo que as zonas processuais permitem.
Quando
trato de um processo trato dele.
Está induzindo o julgador a uma decisão
fora do objeto do processo.
Além disso, na etapa anterior permitiu-se
que os autores do pedido comparecessem e falassem de todos os fatos que
não foram objeto do processo’, afirma.
Questionado sobre as pedaladas fiscais
citadas no processo, Cardozo afirmou que o governo está ‘a anos-luz’ de
um crime de responsabilidade.
‘A pedalada nunca foi empréstimo de banco
público para o governo, o que é proibido pela lei. Houve um atraso, os
bancos pagaram e foram recompostos.’
‘Quando o Tribunal de Contas da União
muda de opinião, o governo parou de fazer e quitou as coisas.
Aplicar
uma pena ao passado quando alguém se comportava de acordo com aquilo que
o tribunal entendia que era correto, uma pena retroativa, é
completamente fora de propósito’, diz.
Mílton Jung
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