PSDB fecha posição a favor do impeachment após reunião em SP '100% do PSDB apoia o afastamento da presidente Dilma', diz Aécio Neves. Também participaram FHC, Geraldo Alckmin e governadores do partido.

Encontro de lideranças do PSDB no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Isabela Leite/G1)
Governador Geraldo Alckmin, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves (Foto: Isabela Leite/G1)
Isabela Leite e Roney Domingos
Do G1 São Paulo

Governadores do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), além de senadores, políticos e lideranças do partido, definiram a posição pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em reunião realizada nesta sexta-feira (8) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. 

 "O PSDB, através dessas lideranças, reafirma o seu compromisso absoluto com a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff pela via constitucional do impeachment", afirmou o senador Aécio Neves, presidente do PSDB. 

"Não por uma vontade daquelas que com ela disputaram a eleição. Mas por uma constatação que nos une a todos que ela perdeu as condições mínimas de governar e de retirar o Brasil dessa crise completamente aguda que o seu governo e o seu partido mergulharam." 

 Aécio disse que os governadores do partido estarão trabalhando nos seus estados, juntos aos parlamentares que apoiam o PSDB.

 "As nossas lideranças estão conversando com lideranças de outras forças políticas para dizer que o temos hoje não é o projeto do partido A ou B. 

É o país. O PSDB já vinha desde 2014 alertando o Brasil para aquilo que nos esperava. Denunciamos a corrupção, apontamos para o caminho da economia e para aquilo que nos esperava adiante.

Pois bem, o retrato está ai hoje", afirmou.

 O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse:

"Por penoso que seja interromper um mandato, mais penoso é ver o Brasil se esfacelar e ver que não existe capacidade do atual governo em se recompor, se reconstruir. Oportunidade tiveram, e muitas.

 Não as aproveitaram". Encontro de lideranças do PSDB no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Isabela Leite/G1) Encontro de lideranças do PSDB no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Isabela Leite/G1) A reunião ocorreu na ala residencial por se tratar de um compromisso do partido e não do governo. 

"A gente vê a economia derretendo. Um quadro político de extrema gravidade que precisa ser abreviado. A população brasileira quer mudanças", disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Também participaram o governador do Paraná, Beto Richa; e do Mato Grosso, Pedro Taques.

Também estão presentes os senadores Aécio Neves, José Serra e Aloysio Nunes, e o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy. 

Além dos deputados federais pelo PSDB Silvio Torres, Miguel Haddad e Samuel Moreira, que foi recentemente nomeado para assumir o cargo de secretário-chefe da Casa Civil de São Paulo.

O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SDD-SP) também estava lá.

O senador Aécio Neves (PSDB-SP) participa de ato contra o impeachment em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)
 Após a reunião, Aécio Neves participou de um ato promovido pela Força Sindical. 

O senador foi recebido por militantes que cantavam "Está chegando a hora". 

Ele voltou a falar sobre a decisão do PSDB em defender o impeachment.

"O caminho que se apresenta para todos os brasileiros é o caminho constitucional da presidente pelo impeachment.

O PSDB que não é beneficiário direto do impeachment, se curva a essa necessidade e a essa realidade. "

Questionado se sua campanha eleitoral em 2014 recebeu doações oriundas de obras superfaturadas, Aecio respondeu:

"Só se eu tivesse pedido para a Petrobrás arrumar uma obra para ela. Uma coisa é financiamento de campanha, outra coisa é o achaque.

O PT tem que responder às acusações que lhe são feitas. Nos recebemos de várias empresas, mas não se esqueça: somos oposição.

Que influencia teríamos nos benefícios a essas empresas? Ao contrário. Isso não está sendo sequer questionado."

Sobre a possibilidade de o impeachment não ser aprovado, Aécio afirmou: 

"Se a presidente da República eventualmente - não acredito que vá acontecer - consiga os votos necessários para permanecer no cargo, nos teremos um clima de ingovernabilidade no país.

Porque os métodos utilizados pra isso são os mais condenáveis. É um mercado persa".

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