Ondas gravitacionais previstas por Einstein há cem anos são detectadas
Elas foram captadas graças a um sistema que usa canhões de laser. Descoberta feita por cientistas abre série de possibilidades para a ciência.
O mundo científico nesta quinta-feira (11) foi sacudido por um anúncio feito por cientistas. Eles detectaram as ondas gravitacionais previstas na Lei Geral da Relatividade formulada por Albert Einstein há cem anos. Esta é uma descoberta que abre uma série de possibilidades para a ciência. E já tem até gente sonhando com a possibilidade de viajar no tempo.
Um som que fez os cientistas vibrarem.É o barulho produzido pelas ondas gravitacionais. Agora, além de ver, é possível ouvir fenômenos que aconteceram no universo há bilhões de anos.
Sete brasileiros fizeram parte das pesquisas que comprovaram a existência dessas ondas. Seis deles são do Inpe de São José dos Campos, no interior de São Paulo.
“O Hertz, que foi quem confirmou a existência de ondas eletromagnéticas, ele não teria a menor ideia para que serviriam as ondas eletromagnéticas.
Hoje em dia, nós temos a televisão, temos o rádio, nós temos o celular.
Então, provavelmente, uma coisa semelhante pode acontecer com as ondas gravitacionais", diz o pesquisador do Inpe, Odílio de Aguiar.
As ondas gravitacionais surgem a partir de fenômenos como a colisão entre buracos negros.
As ondas percorrem o universo e chegam bem fraquinhas até a Terra. Elas foram captadas graças a um sistema poderoso, que usa canhões de laser instalados a 3 mil quilômetros de distância.
Essa novidade foi apenas uma confirmação do que o físico Albert Einstein falou há cem anos.
Ele não tinha equipamentos modernos, nem tecnologia. Mas previu tudo isso na Teoria da Relatividade.
Os cientistas ainda não sabem o que dá para fazer com essa descoberta.
Mas para quem gosta de sonhar alto, os pesquisadores garantem: o mundo está muito mais perto de proporcionar experiências que só eram vistas no cinema.
Entre as portas abertas pela novidade está a possibilidade de controlar a relação de espaço e tempo.
Lembra do filme "De Volta para o Futuro"? Talvez a ideia de viajar pelo tempo não esteja tão distante assim.
"Eu diria que isso está, pelo menos, a cem anos da gente, a cem anos na frente. Acho que de alguma forma a gente vai chegar lá", diz o pesquisador do Inpe.