físico que ajudou a provar teoria de Einstein

A última quinta (11) foi histórica para a ciência. 

O anúncio de que ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein há 100 anos na Teoria da Relatividade foram identificadas mudará a astrofísica e promete fazer "ouvidos humanos" chegarem a pontos longínquos do universo. Sim, os ouvidos. 

É esta a principal metáfora utilizada por quem atuou no projeto, como o italiano Riccardo Sturani, que atualmente é pesquisador do IFT-Unesp (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista).
"Temos agora um novo canal para explorar o universo. É como se, depois de uma surdez, começássemos a ouvir.

 Tem um mundo novo que vai ser descoberto.

 Vamos detectar fontes que não eram detectadas, como buracos negros.

 Vamos poder ouvir mais objetos, porque não emitindo luz não podem ser vistos.

 Agora podemos ouvir as assinaturas deles, como produzem e como se comportam no espaço-tempo", disse Sturani, em entrevista ao UOL.

A comparação com nossos ouvidos tem um motivo curioso: segundo o pesquisador italiano, as ondas gravitacionais têm a mesma frequência de ondas sonoras. 

A diferença entre ambas, contudo, é grande: enquanto ondas sonoras são levadas pelo ar, as gravitacionais são carregadas pelo espaço-tempo.

Como é possível saber a origem da onda?


Caltech/MIT/LIGO Laboratory/Handout via Reuters
 
Este é um dos equipamentos nos Estados Unidos que ajudou a captar ondas gravitacionais pela primeira vez na história
 
O pesquisador participa do estudo que revolucionou a astrofísica desde 2008, quando ainda estava em seu país natal.

 Sturani ajudou no desenvolvimento da modelização do sinal na Itália até 2012. Em 2013, veio ao Brasil e seguiu atuante no projeto, com análises de dados.

 O anúncio desta quinta veio para corroborar o trabalho de físicos de 16 países, mas foi anunciado por norte-americanos - entenda mais aqui sobre a pesquisa.

Nos Estados Unidos, estão situados os dois equipamentos que captaram as ondas gravitacionais, identificadas como produzidas pelo choque de dois buracos negros de tamanhos modestos há mais de um bilhão de anos-luz. Como é possível ter a certeza disso?

"Tem uma mudança na frequência da onda.

 A partir de como muda dá para estimular a massa dos dois buracos negros. 

A partir da massa e da distância, dá para saber a amplitude dos buracos negros.

 Dá para medir a distância comparando com a massa e a mudança da frequência. 

A precisão das massas é de 10%, até pouco menos. A da distância é de 50%. Da distância depende da calibração do instrumento", explicou Sturani.

As implicações do estudo – Big Bang mais perto de ser "ouvido"?

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