Pró-Horti planeja Simpósio Emenda do deputado ao Orçamento da União prevê liberação de R$ 100 mil para evento voltado à transferência de tecnologias, realizado em conjunto pela Pró-Horti e Embrapa Hortaliças

Junji: “O intercâmbio de conhecimentos dará valiosa contribuição, possibilitando o aumento da produção, melhoria da qualidade dos produtos e o incentivo ao consumo de hortaliças”
 
Pela primeira vez, o Brasil será a sede do maior evento mundial dirigido à tecnologia na horticultura. Trata-se do 6° Simpósio Internacional de Sementes, Mudas e Estabelecimento de Hortaliças, que será realizado de 1 a 5 de julho próximo, em Brasília, pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Hortaliças, em parceria com a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, presidida pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

Na expectativa de colaborar com o evento, o deputado apresentou à LOA – Lei Orçamentária Anual 2012 uma emenda para destinar R$ 100 mil à Embrapa Hortaliças, responsável pela coordenação do simpósio que reunirá cerca de 300 especialistas do mundo todo no Golden Tulip Brasília Alvorada. O pedido de Junji, já aprovado pelo Congresso Nacional, aguarda sanção presidencial esperada para o próximo mês.

A iniciativa da Embrapa Hortaliças de trazer ao Brasil o evento da ISHS – Sociedade Internacional da Ciência da Horticultura resulta do apelo feito por Junji para que a comunidade científica mundial atue na busca de soluções para os problemas enfrentados pela olericultura em condições tropicais. “O intercâmbio de conhecimentos dará valiosa contribuição, possibilitando o aumento da produção, melhoria da qualidade dos produtos e o incentivo ao consumo de hortaliças”, analisa o deputado, ao apontar que o segmento amarga a orfandade de políticas públicas de fomento às áreas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, entre outras.

Para dimensionar a importância da horticultura no País, Junji informa que a produção de hortaliças ocupa 800 mil hectares (8 bilhões de metros quadrados), movimentando cerca de R$ 20 bilhões por ano. Ele observa que a cadeia produtiva de hortícolas gera nada menos que 4 milhões de empregos diretos e aproximadamente 10 milhões de indiretos. Só as sementes, insumo básico para a atividade, respondem pelo faturamento anual da ordem de R$ 365 milhões.

De acordo com o deputado, os cinco dias de simpósio serão marcados por palestras, mesas redondas, apresentações de trabalhos científicos e visitas técnicas aos principais polos de produção no Distrito Federal e entorno. Junji lembra que o cultivo protegido – sob estufas plásticas – e a agricultura orgânica desenvolvidos na região são referência no País. “Os participantes poderão conhecer de perto o sistema de produção e propor alternativas que auxiliem o processo de melhorias”, esclarece, pontuando que a duração do evento favorece as trocas de experiências e intensos debates.

A escolha da região de Brasília para sediar o evento também leva em conta a facilidade para coordenação da Embrapa Hortaliças, a existência de universidades e demais parceiros, além de infraestrutura logística e hoteleira apropriada para abrigar um simpósio desse porte.

Na justificativa da emenda ao Orçamento da União deste ano, Junji observa que a Embrapa Hortaliças é uma das 47 unidades do complexo Embrapa e desponta como referência internacional na geração e transferência de tecnologias relacionadas à produção de hortaliças.

Organizado em conjunto pela Embrapa Hortaliças e Pró-Horti, o Simpósio Internacional será realizado em parceria com a UnB – Universidade de Brasília, Emater-DF – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal, Associação Brasileira de Horticultura e ABCSem – Associação Brasileira de Comércio de Sementes e Mudas.

Pró-Horti
Idealizada e presidida pelo deputado federal Junji Abe, a Pró-Horti reúne mais de 200 congressistas – entre deputados e senadores – solidários ao apelo pela implantação de políticas públicas direcionadas ao segmento de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno. A Frente também conta com um forte apoio das principais instituições brasileiras ligadas ao agronegócio.

Lançada em junho último (30/06/11), a Pró-Horti tem o objetivo de “compor um braço político visando sensibilizar o governo a dar atenção a essas categorias”, excluídas de incentivos por não se enquadrarem nos critérios da agricultura familiar, que tem o Pronaf, e nem serem culturas de exportação que geram commodities, como define Junji.

A atuação da Pró-Horti vai além do atendimento aos micro, pequenos e médios produtores rurais. O deputado explica que a Frente visa batalhar pela adoção de dispositivos que beneficiem toda cadeia produtiva de cada item desse segmento. Desde pesquisa, desenvolvimento de variedades e extensão rural, passando pela fabricação e venda de insumos – sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros –, produção agrícola, centrais de higienização e processamento, canais de comercialização, cooperativas, organizações associativas e transporte até a mesa do consumidor.

O 6° Simpósio Internacional de Sementes, Mudas e Estabelecimento de Hortaliças será o segundo evento promovido em conjunto pela Pró-Horti e Embrapa Hortaliças. Em novembro último, a parceria marcou a realização do simpósio sobre a qualidade da água utilizada no cultivo de hortaliças. Ao longo de dois dias, especialistas renomados do Brasil e do exterior se debruçaram sobre a questão, gerando elementos para elaboração de um documento que norteará propostas de políticas públicas capazes de solucionar problemas técnicos e legais no tratamento do assunto que preocupa produtores rurais, ambientalistas e consumidores.

“Há falhas na legislação sobre a qualidade da água para regulamentar os diversos tipos de uso, muita desinformação e demora na aprovação do novo Código Florestal que dará aos produtores, principalmente os pequenos, segurança jurídica para permanecerem na atividade”, assinala Junji, lembrando a missão do Brasil nas próximas décadas: garantir comida ao planeta.

Com 7 bilhões de habitantes, a Terra terá um bilhão a mais em 2026, 9 bilhões em 2050 e chegará a 2070 com 10 bilhões. Daí, justifica o deputado, a necessidade de elevar em 60% a oferta de alimentos, missão que só o Brasil poderá cumprir porque dispõe de áreas disponíveis para o cultivo. E que será concretizada somente com a vigência do novo Código Florestal.

O deputado pondera ainda que os agricultores de micro, pequeno e médio portes carecem de assistência técnica e extensão rural para terem acesso às inovações e pesquisas, além de sofrerem para escoar a produção dependendo da obsoleta estrutura de boa parte das centrais de abastecimento. “Crédito acessível para custeio e investimento, seguro rural, redução da carga tributária, juros menores nas compras financiadas e infraestrutura apropriada dos transportes, além de voltar a contar com cooperativas agrícolas são outras medidas imprescindíveis ao segmento”, pontua.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 9266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com

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