Luta para garantir 3° aeroporto -Emenda de Junji ao Plano Plurianual prevê a destinação de R$ 650 milhões para a obra que visa desafogar o terminal de Guarulhos e evitar o colapso do sistema


Junji: “Em curto espaço de tempo, teremos um colapso no sistema aeroportuário paulista. Daí, a urgência da construção do terceiro aeroporto na Grande São Paulo”
 
Empenhado em garantir a construção do terceiro aeroporto internacional da Grande São Paulo no município de Mogi das Cruzes, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) apresentou ao PPA - Plano Plurianual 2012-2015 uma emenda que destina R$ 650 milhões ao empreendimento. Se a proposta for aprovada e tiver a sanção presidencial, a obra passará a constar da programação do governo federal, com recursos reservados para execução.

O local sugerido para abrigar o empreendimento, em Mogi, é o Distrito Industrial do Taboão, onde há áreas apropriadas e já indicadas pelo deputado ao ministro-chefe da SAC – Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e também ao superintendente do Daesp – Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi, que se comprometeu a realizar os estudos técnicos necessários.

Uma das áreas tem 16 milhões de metros quadrados (m²) e a outra apresenta 10 milhões de m², como explica Junji. Na emenda, ele destaca a posição estratégica e logística privilegiada de Mogi para o empreendimento: o Distrito Industrial do Taboão fica a 50 quilômetros da Capital paulista, junto à Rodovia Carvalho Pinto e ao Rodoanel, a 22 quilômetros, em linha reta, de Guarulhos.

“A construção do aeroporto internacional em Mogi das Cruzes é de fundamental importância para desafogar o sistema aeroportuário paulista”, argumenta, ao lembrar da dramática sobrecarga no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde o excesso de tráfego aéreo ameaça a segurança de usuários, profissionais e moradores vizinhos, além de provocar sérios transtornos para quem necessita da agilidade do transporte aéreo.

Segundo a proposta de Junji, a implantação do pretendido aeroporto seria concretizada com investimento inicial de R$ 162,5 milhões e aplicação de igual valor nos anos seguintes, até 2015, totalizando os R$ 650 milhões solicitados. As obras seriam executadas em etapas que englobariam os terminais de passageiros e de cargas, a implantação das pistas, do pátio de manobras, das instalações de controle, além do prédio administrativo e alfandegário.

O empreendimento defendido pelo deputado para inserção no Plano Plurianual seria similar aos existentes em Cumbica (Guarulhos), Congonhas (São Paulo) e Viracopos (Campinas). O movimento nos aeroportos tende a seguir em trajetória ascendente em função do célere crescimento da classe média no Brasil que, cada vez mais, recorre ao transporte coletivo aeroviário para deslocamentos ágeis e seguros. “Em curto espaço de tempo, teremos um colapso no sistema aeroportuário paulista. Daí, a urgência da construção do terceiro aeroporto na Grande São Paulo”, defende Junji.

De acordo com o parlamentar, a viabilização do empreendimento tem o respaldo não apenas da Prefeitura mogiana, mas também das administrações municipais da Região, reunidas no Condemat – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê. O deputado assinala ainda que a iniciativa tem o aval do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), designado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para cuidar das PPP’s – Parcerias Público-Privadas no Estado.

Junji diz que a ideia inicial de Afif é implantar em Mogi um terminal para vôos regionais, levando em conta as limitações financeiras que inviabilizam projetos mais ousados. Contudo, completa o deputado, o governo do Estado não se opõe à proposta do investimento federal para construção do terceiro aeroporto internacional na Grande São Paulo.

Ex-prefeito de Mogi das Cruzes (2001 a 2008), Junji iniciou a luta de Mogi das Cruzes para receber o aeroporto em sua segunda gestão. Na ocasião, ele constituiu uma comissão especial que identificou as duas áreas potenciais para abrigar o empreendimento e fez a apresentação oficial da Cidade, junto aos órgãos federais, como candidata a receber o investimento.

Razão extra
O interesse do deputado federal Junji Abe em garantir a instalação do aeroporto em Mogi das Cruzes tem um motivo adicional: “sepultar definitivamente o repudiado aterro sanitário que a empresa Queiroz Galvão insiste em instalar no Distrito Industrial do Taboão, à revelia do protesto generalizado da população.”

Desde 2003, primeira gestão de Junji como prefeito, Mogi luta contra o aterro sanitário que representa “danos ambientais, terríveis impactos sociais, gigantescos prejuízos econômicos e riscos à saúde pública, para dizer o mínimo”, como enumera o deputado. A repulsa da comunidade ao projeto da Queiroz Galvão está expressa no Movimento Aterro Não!, que reúne entidades da sociedade civil organizada, e tem o apoio da Câmara Municipal, da Prefeitura e de autoridades dos poderes constituídos.

Mesmo que a concretização do aeroporto no Taboão impeça a vinda de mais 100 empresas, com área de 150 mil m² cada uma, o empreendimento trará benefícios inegáveis para impulsionar o desenvolvimento regional, como analisa Junji. “Já o aterro sanitário trará somente prejuízos ao meio ambiente e à população de Mogi e Região, do Vale do Paraíba e ainda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, abastecidos por mananciais sob risco de contaminação, caso vingue o malfadado projeto da Queiroz Galvão”.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 9266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com

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