A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou, nesta terça-feira (02), o primeiro reajuste tarifário da Sabesp depois da privatização da companhia, 6,11% mais caras a partir de 1º de janeiro de 2026

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As contas de água e esgoto ficarão 6,11% mais caras a partir de 1º de janeiro de 2026, para a capital e outros 371 municípios, justamente no momento em que o governo Tarcísio de Freitas ainda tenta vender a desestatização como símbolo de “eficiência” e modicidade tarifária.

Na prática, o aumento desmonta a fantasia de que entregar uma empresa de saneamento ao mercado privado significaria alívio imediato nas faturas de um serviço essencial. Segundo a nota técnica e a deliberação da Arsesp, o reajuste recompõe a inflação medida pelo IPCA entre junho de 2024 e outubro de 2025, sem aplicação de fatores adicionais de produtividade.

Tudo isso ocorre com a Sabesp já privatizada, vendida em 2024 por R$ 14,8 bilhões, com o Estado reduzido a sócio minoritário, a Equatorial Energia como acionista de referência e um plano de investimentos de R$ 70 bilhões até 2029 apresentado como grande vitrine do “modelo”.

Num cenário em que o governo paulista tenta transformar essa operação em “case de sucesso” para 2026, o reajuste de 6,11% ajuda a expor o conflito central da agenda privatista. 

De um lado, uma Sabesp turbinada para o mercado, com ações valorizadas, promessa de expansão acelerada e lucros robustos; de outro, reclamações por falhas de cobrança, desabastecimento e serviço precário, relatados por usuários, inclusive em municípios que ficaram dias sem água.

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