Vivemos um epidemia de feminicídios dentro da já instalada epidemia de feminicídios.

 

 Em poucos dias, no Rio, um servidor público matou duas colegas, pois não aceitava ser chefiado por mulheres. 

Em Florianópolis, uma professora foi estuprada e morta quando ia para a aula de natação. 

 Em Brasília, o corpo de uma cabo do Exército foi encontrado carbonizado, um soldado confessou o feminicídio. 

E em São Paulo, um homem disparou contra a ex-mulher que trabalhava em uma pastelaria, pois não aceitava o fim do relacionamento. 

E outro atropelou e arrastou uma mulher, levando à amputação das duas pernas — neste, ela segue em risco de morte. 

Esses não são todos os homicídios cuja a razão é a mulher ser mulher nesse período, apenas os que ganharam repercussão na mídia.

Nós, homens, estamos matando mais mulheres.
 

Por isso, mulheres estão indo às ruas em cidades de todo o país hoje para denunciar o aumento número de casos de feminicídio. 

A verdade é dura: não basta dizer “não sou assim”. Todos nós, homens, fomos moldados por uma cultura que naturaliza a violência e nos dá licença para controlar, calar e punir mulheres. 

Ou rompemos agora com essa pedagogia da crueldade — enfrentando nossos iguais, desmontando nossos privilégios — ou seguimos cúmplices do massacre diário que insistimos em manter de pé. 

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