STF restringe visitas a Braga Netto e só pessoas autorizadas por Moraes terão acesso ao general

 


General é acusado de articular plano de golpe de Estado após as eleições de 2022 e tem prisão preventiva mantida pelo Supremo

247 – O general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL), só poderá receber visitas na prisão mediante autorização expressa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi confirmada no sábado (14), após a prisão preventiva do militar pela Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Braga Netto é acusado de ser um dos articuladores de um plano para um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, em que Jair Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Ele foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro e teria tentado obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Em audiência de custódia realizada no mesmo dia da prisão, a Justiça manteve a detenção preventiva de Braga Netto. Durante a sessão, foi decidido que o general não poderá receber visitas, nem mesmo de familiares, sem autorização prévia do STF.

Tentativas de obter informações sigilosas

De acordo com o depoimento de Mauro Cid, prestado em 5 de fevereiro de 2024, Braga Netto e outros intermediários entraram em contato com seu pai, o general Mauro Lourena Cid, para obter dados sobre os termos de sua colaboração premiada com a Justiça. A delação de Mauro Cid é peça-chave nas investigações que apuram a articulação de um possível plano golpista. 

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