Tales: Seria melhor para Nunes se Bolsonaro não tivesse ido a almoço em SP
Tales: Seria melhor para Nunes se Bolsonaro não tivesse ido a almoço em SP
Na reta final da campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) precisou fazer uma concessão ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e aparecer ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no almoço promovido por empresários —mas, para Nunes, seria melhor se Bolsonaro não tivesse ido ao encontro, disse o colunista Tales Faria no UOL News desta terça-feira (22).
Tales destaca que Nunes tem repetido diversas vezes a respeito da importância de Tarcísio para o desempenho da campanha, o que difere do tom empregado para falar de Bolsonaro, que não embarcou em um apoio enérgico a Nunes no 1º turno.
O tratamento que Nunes deu nessa entrevista não é um evento dele. A verdade é que, na campanha de Nunes, muita gente nem queria que Bolsonaro viesse a São Paulo. O Paulinho da Força disse isso explicitamente.
No evento inicial da campanha, foi um evento que teve o Bolsonaro, o jingle dele, antes de Bolsonaro começar a se aproximar de Marçal. Aí meio que largaram, e o eleitorado do Marçal veio por gravidade para Nunes. O almoço foi promovido por empresários bolsonaristas, e lá Nunes se desdobrou em elogios ao Tarcísio.
O tratamento que Nunes [e a campanha] estão dando ao Bolsonaro é distante. Nunes aceitou isso por pressão do Tarcísio, porque se sente devedor. O Tarcísio achou que não deveria excluir o Bolsonaro, muita gente não queria, mas o Tarcísio pressionou. Nunes é devedor ao Tarcísio e repetiu isso hoje.
Para Nunes, se Bolsonaro não tivesse ido, seria melhor. Mas agora Nunes está dizendo que não quer abstenção, porque teme que a turma do Bolsonaro, que era do Pablo Marçal, não vá votar. Ele quer evitar que essa turma não vá votar. Mas [Nunes] não conta com Bolsonaro.
Tales Faria