Governo Bolsonaro espionou Lira, ministros do STF e jornalistas; veja lista

 Governo Bolsonaro espionou Lira, ministros do STF e jornalistas; veja lista

 Atualizado em 11 de julho de 2024 às 12:48 
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

O esquema de espionagem ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro inclui na sua lista alvos como o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário do então mandatário. Além deles, outros parlamentares, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e jornalistas também foram monitorados. 

Segundo diálogos obtidos pela Polícia Federal, que motivaram a operação Última Milha, que desde 2023 apura o uso ilegal de sistemas da Abin para espionar adversários de Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo maia, também teve sua movimentação monitorada. A ordem contra ele partiu do próprio ex-chefe da agência, Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio.

Os diálogos dos alvos da operação também revelaram a espionagem de escritórios de advocacia, deputados e senadores do PP e MDB, além de adversários políticos de membros da Esplanada dos Ministérios. Havia ainda ações clandestinas contra Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, do STF, “com o escopo de questionar a credibilidade do sistema eleitoral”.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Veja a lista de desafetos políticos de Bolsonaro monitorados no esquema ilegal: 

A PF realizou uma operação nesta quinta contra ex-servidores da Abin e influenciadores do “gabinete do ódio”. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Foram presos Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército e foi cedido à Abin; ⁠Matheus Sposito, assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão Bolsonaro; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, ex-segurança e chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin; e Richards Dyer Pozzer, empresário investigado por espalhar fake news. 

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