Abin paralela discutiu “tiro na cabeça” de Moraes: “Esse careca tá merecendo”

 Abin paralela discutiu “tiro na cabeça” de Moraes: “Esse careca tá merecendo”

 Atualizado em 11 de julho de 2024 às 14:31 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Integrantes da “Abin Paralela” durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro planejaram dar um “tiro na cabeça” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo apuração da Polícia Federal. 

Investigadores identificaram trocas de mensagens entre suspeitos em agosto de 2021 com o plano. 

Na ocasião, membros da estrutura paralela da agência discutiam um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um deles reclamou: “Tá ficando foda isso. Esse careca tá merecendo algo a mais”.

Na sequência, um segundo investigado mencionou um calibre de munição, “7.62”, e o primeiro a sugerir uma ação contra o magistrado responde: “head shot” (“tiro na cabeça” em tradução para o português). Além do disparo, eles discutiram outras medidas violentas contra o magistrado e um processo de impeachment.

Os diálogos foram obtidos pela corporação por meio de quebra de sigilo. 

Os investigados também produziram um dossiê contra o ministro em meio ao esquema de espionagem ilegal. 

Além de Moraes, o governo Bolsonaro ainda monitorou outros ministros da Corte, parlamentares adversários e até jornalistas

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Sergio Lima/AFP

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão contra investigados no caso nesta quinta (11). 

Entre os alvos da ação estão ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores do “gabinete do ódio”.

Segundo o inquérito, a estrutura ainda montava perfis falsos e organizada a divulgação de fake news. 

A organização criminosa, de acordo com a PF, acessava ilegalmente computadores, celulares e infraestrutura de telecomunicações para monitorar os alvos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, afirmou a corporação. 

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