Esconderijo em embaixada aumenta chance de prisão preventiva de Bolsonaro, diz Pedro Serrano


Jurista avalia que a estadia de Bolsonaro na Embaixada da Hungria após operação da PF pode configurar "fuga da Justiça brasileira"

Pedro Serrano e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Evelyn Hockstein)

247 - A estadia de Jair Bolsonaro (PL) por duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, em fevereiro, sequente a uma operação da Polícia Federal, eleva a possibilidade de o ex-mandatário vir a ser objeto de um mandado de prisão preventiva. Esta é a avaliação do jurista Pedro Serrano, professor de direito constitucional.

“Se isso for verdadeiro, pode ser que caracterize uma tentativa de asilo político, ou seja, de fuga da Justiça brasileira, e isso fundamenta um pedido de prisão preventiva, sim”, disse Serrano à CartaCapital, nesta segunda-feira (25).


“Então, aumenta certamente a chance de ele receber uma prisão preventiva", acrescenta.

A revelação, pelo jornal The New York Times, de que Jair Bolsonaro teria, após a megaoperação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de estado, se escondido na Embaixada da Hungria, em Brasília, repercutiu fortemente entre políticos nesta segunda-feira (25). Uma série de políticos foi às redes sociais comentar o que chamaram de "plano de fuga" de Jair Bolsonaro.

De acordo com as informações do New York Times, Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, ele foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14. Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. 

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