Tarcísio defende Bolsonaro em investigação da PF sobre 8/1 e diz que 'sempre estará ao lado dele'
"Sinceramente, eu não consigo ver nada que traga uma responsabilização para ele", disse o governador sobre o aliado investigado por tentativa de golpe de Estado
247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL), investigado pela Polícia Federal (PF) pela tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro do ano passado. Segundo o governador, não existem elementos para responsabilizar o ex-mandatário, e "muita coisa" está sendo criada. Tarcísio - que chegou ao comando do Executivo paulista com o apoio de Bolsonaro - disse, ainda, que "sempre" estará ao lado do aliado.
“Sinceramente, eu não consigo ver — e essa não é uma opinião minha, tem muitos juristas divididos — nada que traga uma responsabilização para ele (Bolsonaro). Não vejo. Acho que o pessoal está criando muita coisa. Com o tempo, tudo vai ser esclarecido. Confio muito num cara que eu aprendi a admirar, que eu trabalhei junto, que a única coisa que eu vi nesse tempo todo que eu trabalhei com ele foi preocupação com as pessoas, mais nada. Vou estar junto dele. Sempre”, disse Tarcísio nesta quinta-feira (15), de acordo com o jornal O Globo. >>> Após aproximação com Lula e ameaça de Bolsonaro, Tarcísio confirma presença em ato na Paulista
“Uma coisa que a gente tem que entender: lealdade e gratidão não vão embora nunca. Eu vou estar do lado do Bolsonaro seja em que momento for. Nos momentos bons, nos momentos difíceis. Se o presidente está precisando do apoio, eu vou estar do lado dele”., ressaltou mais à frente.
Na semana passada, a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que teve o ex-mandatário, além de aliados, militares, ex-ministros e assessores como alvos. O objetivo da ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi aprofundar as investigações sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado.
Por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro teve o passaporte apreendido e está proibido de manter contato com outros investigados.