Indústria automobilística para fábricas e dá férias coletivas por falta de demanda e de componentes

Mercado brasileiro de automóveis vem sendo prejudicado pelas altas taxas de juros e pela estagnação econômica


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(Foto: Valter Lima)

247 – As montadoras brasileiras de automóveis estão parando suas fábricas, em razão da baixíssima demanda interna. "Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção, mas, desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados estão frustrando as expectativas do setor e levando empresas a ajustarem os planos de produção", aponta reportagem de Cleide Silva e Eduardo Laguna no Estado de S. Paulo.

"A partir de hoje, pelo menos três grandes companhias, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) vão suspender linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fábricas devem ocorrer", acrescentam os jornalistas.

Os dados do mercado de consumo são assustadores. "Em 2019, as vendas de veículos no Brasil foram de 2,787 milhões de unidades – patamar já considerado baixo. No ano passado, esse número caiu para 2,104 milhões de unidades, ou 24,5% menos. Estudo recém-concluído pela S&P Global mostra que a indústria automotiva brasileira opera com quase 40% de ociosidade. A capacidade produtiva do setor é de 3,6 milhões de veículos ao ano com a maioria das fábricas operando em dois turnos. Se fosse em três turnos, seria de 4,3 milhões de unidades", escrevem os jornalistas. 

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