Homem que tramou ataque a Moro é liderança do PCC e levava vida de luxo, diz PF


Informação está em relatório do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) encaminhado à Justiça Federal e usado como base para prender integrantes da facção criminosa


Investigação foi conduzida pela Polícia Federal
Investigação foi conduzida pela Polícia Federal 28/07/2015 REUTERS/Sergio Moraes

Leandro Resende

Leandro Resende


O homem que a Polícia Federal aponta como o responsável por monitorar e tramar um sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) é uma liderança do PCC que levava uma vida de luxo.

A informação está em relatório do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) encaminhado à Justiça Federal e usado como base para prender integrantes da facção criminosa.

Descrito como o “responsável pela organização, financiamento, planejamento e execução do sequestro/atentado”, o homem tinha alto poder aquisitivo. Ele aparece, por exemplo, comandando lancha em uma imagem anexada à investigação, e tem pelo menos seis imóveis ligados ao seu nome.

“Sua liderança nesse núcleo da ORCRIM [organização criminosa] também é percebida pelo desfrute de bens de alto poder aquisitivo o que só ocorre com os integrantes do topo da pirâmide do PCC, pois, em regra, todos os demais cometem crimes para sustentar os líderes, sem aumento de volume patrimonial (mão de obra barata). Vale destacar que esse patrimônio encontra-se em nome de terceiros, inclusive alguns com passagens criminais”, apontou a PF em manifestação à Justiça Federal.

Comprovando os elementos levantados pela PF, os investigadores chegaram a uma testemunha que afirmou que o organizador da trama contra Moro era líder da chamada “restrita”, setor da facção que cuida da execução de pessoas escolhidas a dedo pela cúpula do grupo.

De acordo com a Polícia Federal, os imóveis mantidos pelo PCC em nome de “laranjas” são parte fundamental para escoar o dinheiro do tráfico de drogas e para guardar armas.

“O patrimônio identificado em nome de terceiros é parte vital das ações policiais para a completa desarticulação dos crimes em apuração, notadamente porque com a prisão dos líderes, esse patrimônio é novamente absorvido pela ORCRIM para continuar a prática dos mesmos delitos”.

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