Um escândalo puxa outro, e outro, até que uma crise os apaga - Remédio para todos os males que o governo quer ver esquecidos
Ricardo Nonato
E o escândalo dos pastores recomendados por Bolsonaro que cobravam propinas a prefeitos em troca de acesso às verbas do Fundo Nacional de Educação? Saiu de cartaz por quê?
E o escândalo da compra superfaturada de ônibus escolares para distribuição a municípios rurais às vésperas de eleições? Não se fala mais disso? Foi resolvido? Ou em que pé está?
E o escândalo da compra pelo Ministério da Defesa de milhares de comprimidos de Viagra para satisfação dos militares velhinhos que o general Hamilton Mourão pediu que fossem deixados em paz?
Já deu o que tinha de dar a discussão sobre os áudios em que ministros do Superior Tribunal Militar nos anos 1970 admitem que presos políticos da ditadura foram torturados e alguns mortos?
O perdão da pena do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), um acinte ao Supremo Tribunal Federal, parece ter sepultado tudo o que antes causava profundo incômodo ao governo Bolsonaro.
Nos porões do Palácio do Planalto, outras crises estão sendo testadas para explodir quando necessário.
P.S. E a compra de próteses penianas? Quase ficou de fora.