Ao vivo: Com apoio do Brasil, ONU aprova resolução contra a Rússia; ataques prosseguem na Ucrânia



Números da guerra

Mais de 2.000 civis ucranianos foram mortos até esta quarta-feira durante a invasão da Rússia, segundo o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.

Outras informações sobre as vítimas circulam simultaneamente. Em um discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, a representante da delegação ucraniana afirmou que pelo menos 353 ucranianos haviam sido mortos — entre eles, 16 crianças.

Segundo último informe da agência de Direitos Humanos das Nações Unidas, os números eram outros — apesar da ponderação de que poderiam ser “muito maiores” de antemão. Neste levantamento, foi constatado que pelo menos 136 civis foram mortos, incluindo 13 crianças, e 400 ficaram feridos.

O número de soldados russos mortos no conflito foi de 498, segundo o Ministério da Defesa da Rússia. Também há outros 1.597 feridos até o momento. A Ucrânia, por outro lado, aponta 7 mil mortes de soldados russos.

Zelensky sobre resolução da ONU: “Vocês escolheram o lado certo da história”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comemorou, nas redes sociais, a aprovação da resolução crítica à invasão russa pela maioria dos países da ONU.

“Eu louvo a aprovação da Assembleia Geral da ONU com uma maioria sem precedentes de votos a uma resolução com fortes exigências à Rússia para que pare imediatamente o ataque traiçoeiro a Ucrânia. Sou grato a todos e a todos os estados que votaram a favor”, escreveu Zelensky.

“Os resultados destrutivos da votação mostram de forma convincente que uma coalizão global anti-Putin foi formada e está funcionando. O mundo está conosco. A verdade está do nosso lado. A vitória será nossa”, concluiu.

Brasil justifica voto a favor de resolução da ONU
O Brasil votou a favor da resolução da ONU que condenou os ataques à Rússia. Na justificativa, o embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, disse que a resolução, porém, não vai “longe o suficiente” para uma paz sustentável.

“A paz exige a retirada de tropas e um trabalho amplo das partes. A resolução não pode ser entendida como algo que permita a aplicação indiscriminada de sanções”, afirmou. “Pedimos a todos os atores que o engajamento em um acordo diplomático”, acrescentou.

ONU: quase 836 mil refugiados deixaram a Ucrânia
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados disse, nesta quarta (2), que 835.928 refugiados deixaram a Ucrânia desde 24 de fevereiro. Mais da metade deles (453.982) fugiram pela Polônia. Outros 116.348 foram para a Hungria, afirma o ACNUR.

Outras 96.000 pessoas se mudaram para a Federação Russa das regiões de Donetsk e Luhansk entre 18 e 23 de fevereiro. Essas duas regiões são controladas por separatistas apoiados pela Rússia. O Kremlin, em fevereiro, os reconheceu como estados independentes 
Rússia: uma terceira guerra mundial seria nuclear e destrutiva
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (2) que, caso aconteça uma terceira guerra mundial, armas nucleares seriam usadas e seriam destrutivas. As informações foram divulgadas pela agência de notícias RIA.

Lavrov disse que a Rússia enfrentaria um “perigo real” se Kiev adquirisse armas nucleares. A declaração segue o que foi dito em um discurso gravado exibido na Conferência sobre Desarmamento em Genebra, na Suíça. 

“É inaceitável para a Rússia que alguns países europeus sediem as armas nucleares americanas”, afirmou Lavrov. Ele também disse que o país está pronto para trabalhar com os EUA em uma “estabilidade estratégica”. O chanceler também destacou que a Ucrânia ainda possui tecnologia nuclear soviética, e que os russos “não podem falhar em responder a esse perigo”. 
Kiev precisa de sanções mais duras contra a Rússia, diz prefeito
O prefeito da capital ucraniana Kiev, Vitali Klitschko, disse à CNN que “sanções mais duras” deveriam ser impostas contra a Rússia nesse momento para dar suporte aos ucranianos.

“A vontade de ser independente é (a) prioridade principal para nós. E estamos defendendo nossas famílias, nossa cidade, nosso país e nosso futuro”, disse o ex-boxeador.

A capital ucraniana está sob ataques de mísseis russos há dias. Cidadãos e integrantes das Forças Armadas permanecem na cidade para defendê-la, já que tropas russas se aproximam cada vez mais da região.

“Temos que nos manter unidos. A guerra não é apenas para a Ucrânia. É (um) desafio para todo o mundo moderno, para (todo) o mundo democrático”, declarou o prefeito. 
Suprimentos médicos para Ucrânia chegam quinta, diz OMS
Um primeiro carregamento de ajuda médica para a Ucrânia chegará à Polônia na quinta-feira (3), informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em pronunciamento nesta quarta-feira (2).

Seis toneladas de suprimentos para atendimento a traumas e cirurgias de emergência serão entregues para atender às necessidades de mil pacientes. Outros suprimentos de saúde para atender às necessidades de 150 mil pessoas também serão entregues, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva em Genebra na quarta. Ele também enfatizou a necessidade de um corredor humanitário para garantir que os suprimentos cheguem às pessoas mais necessitadas. 
Ministro pede tratamento igual para não ucranianos
Africanos e não ucranianos que fogem do ataque russo no interior devem ter igualdade na assistência, disse o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia nesta quarta-feira (2). “Africanos buscando a evacuação são nossos amigos e devem ter oportunidades iguais de retornar aos seus países natais de forma segura”, disse Dmytro Kuleba via Twitter. 
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ao-vivo-russia-ataca-a-ucrania/


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