OMS diz que número de mortos por ômicron é ‘mais do que trágico’
Foram registrados 130 milhões de casos e 500 mil mortes no mundo desde que a Ômicron foi considerada preocupante pela OMS, no fim de novembro.
Após o surgimento da variante ômicron, meio milhão de mortes por Covid-19 foram registradas no mundo apesar da vacinação, um balanço “mais do que trágico”, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Enquanto todos diziam que a ômicron era mais leve, não percebiam que meio milhão de pessoas morriam desde que a variante foi detectada”, observou o gerente de incidentes da OMS, Abdi Mahamud. “Na era das vacinas eficazes, meio milhão de pessoas morrem, isso é realmente algo mais do que trágico”, acrescentou, durante um encontro, nesta terça-feira (8), promovido pela organização via redes sociais.
Segundo Mahamud, foram registrados 130 milhões de casos e 500 mil mortes no mundo desde que a Ômicron foi considerada preocupante pela OMS, no fim de novembro. A Covid-19 já matou 5,75 milhões de pessoas desde dezembro de 2019, de acordo com um balanço da AFP com base em fontes oficiais.
A ômicron foi descoberta no fim de novembro de 2021, na África do Sul, por uma equipe de pesquisadores liderado pelo brasileiro Túlio de Oliveira, do Krisp (KwaZulu-Natal Research and Innovation Sequencing Platform), na Universidade de KwaZulu-Natal, na África do Sul. A equipe de Oliveira também foi responsável pela identificação e aviso em relação a outra variante de preocupação: a beta.
Desde a sua descoberta, a ômicron foi tida como extremamente transmissível e começou a se documentar possibilidade de reinfecção e algum grau de escape vacinal. Ao mesmo tempo, a variante acabou tida como menos agressiva do que a delta, que causou estragos mundo afora. Apesar disso, já havia o alerta de que a enorme capacidade de transmissão poderia levar a grandes números de mortos.
Nos EUA, as mortes derivadas da ômicron são tão abundantes quanto as causadas pela variante delta, com médias de mais de 2.000 mortes por dia.
No Brasil, a chegada da ômicron também levou a uma explosão de casos, sobrecarga a sistemas de saúde, e a dias com mais de mil mortes, com média móvel de óbitos ainda subindo.
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