Bolsonaro inelegível
Alguns meses atrás, candidatei Luís Roberto Barroso a presidente do Brasil.

Ele pode fazer algo muito mais importante do que isso, porém: ele pode cassar o mandato do presidente do Brasil.
Jair Bolsonaro entendeu que, para se manter no poder em 2022, é preciso desmantelar a democracia em 2021. Até agora, a estratégia do nosso aparato institucional foi tentar domesticar a besta, à espera do voto.
O STF chegou a perdoar um presidiário a fim de derrotar o sociopata nas urnas.
Mas nada disso vai funcionar.
O bolsonarismo, como disse Luís Roberto Barroso, em seu discurso no TSE, pretende seguir o caminho dos regimes da Venezuela, da Rússia, da Turquia:
“Todos os países em que têm ocorrido uma erosão democrática, não por golpes de Estado, mas conduzidas por líderes populares eleitos pelo voto, e que, uma vez no poder, vão desconstruindo, tijolo por tijolo, os pilares da democracia. Concentrando poderes no Executivo, procurando demonizar a imprensa, procurando colonizar os tribunais constitucionais”.
O voto não salva uma democracia.
O que salva uma democracia é sua capacidade de expurgar os golpistas.
É preciso afastar Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto e torná-lo inelegível.
Diogo Mainardi
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