Mogi ultrapassa a marca de 300 mortes por coronavírus

Cidades
21/08/2020 22:36 Felipe Antonelli
Pandemia

No total a cidade confirmou o falecimento de 303 moradores, o equivalente a mais de quatro ônibus lotados

Mogi das Cruzes ultrapassou ontem a marca de 300 mortes em decorrência do coronavírus (Covid-19). Com os mais recentes óbitos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade chegou a 303 mortes pelo coronavírus. A quantidade de mortos é o equivalente a quase quatro ônibus e meio ocupados com capacidade máxima.
Foram 38 dias entre a ducentésima morte e a de número 300. A quantidade de dias para chegar a esta marca é semelhante do que entre o centésimo óbito e a marca de 200 mortes pela Covid-19, quando se levou 39 dias, o que sugere a estabilização das mortes.
A quantidade de falecimentos pela Covid-19 em recortes menores, no entanto, continua instável. Por exemplo, na semana de 10 a 16 de agosto, 16 pessoas faleceram, enquanto na semana iniciada no dia 3 deste mês, 22 óbitos foram registrados. Antes disso, de 27 de julho a 2 de agosto, 13 pessoas faleceram, o menor índice por semana desde 15 de junho, quando 11 mogianos morreram.
Quando a comparação é realizada no acumulado de duas semanas, uma sútil elevação é apresentada. De 3 a 16 de agosto, 38 óbitos, enquanto de 20 de julho a 2 de agosto, 29 óbitos foram confirmados, aumento entre os períodos de 31%.
O bairro Jardim Universo passou a ser o local onde moravam mais pessoas que morreram pela Covid-19, com 15 registros de óbitos. Até o mês passado, o bairro Nova Jundiapeba era o que mais possuía mortes, sendo que atualmente, 13 residiam na localidade. Ao todo, 67 bairros do município registraram ao menos uma morte, com destaque para Mogilar (nove óbitos), Alto do Ipiranga, Mogi Moderno e Vila Natal, onde foram registradas oito óbitos em cada.
Mais do que números e estatísticas, a Covid-19 levou, de forma rápida, histórias, deixando marcas nas famílias das vítimas. No dia 19 de abril, o médico Fernando Miyake, 56 anos, faleceu por complicações causadas pelo coronavírus. Morador de Santo André, o médico, irmão do vereador Claudio Miyake (PSD), ficou dias internado até que seu quadro piorou, teve de ser entubado e não resistiu.
Na mesma semana, outra morte de profissional da Saúde foi registrada. O enfermeiro Cícero Romão, que trabalhava no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e na Santa Casa de Mogi, não resistiu às complicações causadas pela doença e faleceu.
Entre as ocorrências, a Covid-19 foi responsável pela morte de uma pessoas de quase 100 anos, bem acima da média de mortes no município, que é de cerca de 65 anos. Uma moradora de Braz Cubas, de 98 anos, que possuía comorbidades e veio a óbito em 26 de maio é, até o momento, a vítima de idade mais avançada até o momento no município. Do outro lado desta realidade, a vítima mais jovem era moradora do Mogilar, de 24 anos, que morreu no dia 4 deste mês no Hospital Santana, com comorbidades.
Do total de mortes, a ampla maioria possuía algum tipo de comorbidade. Cerca de 80% das mais de 300 pessoas que morreram em Mogi das Cruzes em decorrência de complicações da Covid-19 possuíam comorbidade. Mesmo assim a quantidade de pessoas que morreram sem comorbidades ainda é significativa, com aproximadamente 45 pessoas.

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