Sistema de saúde de SP pode entrar em colapso em 15 dias, diz secretário

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse neste domingo (17) que o sistema de atendimento na cidade deve estar “profundamente comprometido” nos próximos 15 dias, caso a população não colabore para a elevação da taxa de isolamento social para deter o avanço da Covid-19.

“Mesmo com todo o esforço feito até agora, na ampliação de leitos e de [disponibilização] dos novos leitos que já estão sendo contratados, isso tudo será insuficiente para o grau de evolução que estamos tendo nesse momento aqui na cidade”, disse o secretário.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, destacou que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já é de 90%, enquanto em enfermarias é de 76%. 

“Todos os dias estamos abrindo novos leitos, porque nove em cada dez pacientes atendidos recebem alta, mas a taxa de contaminação na cidade segue em alta. Infelizmente, inverteu-se uma tendência de queda que vinha até o início de maio, que precisamos diminuir. Estamos nos aproximando dos momentos mais difíceis”, disse.
Também neste domingo, o prefeito anunciou a retomada do rodízio tradicional de veículos na cidade a partir desta segunda-feira (18). Até hoje, os carros com final de placa par ou ímpar estavam impedidos de circular em toda o município de acordo com a data.

Orçamento

Covas também falou sobre o orçamento da pasta da Saúde e disse que houve um incremento de R$ 1,2 bilhão, em razão da pandemia. Para responder ao aumento na demanda por atendimento, foram criados 840 novos leitos de UTI, sendo que, antes da crise sanitária, a rede contava com 507 leitos.
O município ainda fez sete novos hospitais, dos quais três, o de Brasilândia, o de Parelheiros e outro na Bela Vista, irão permanecer funcionando mesmo após o fim da pandemia.
Para atender especificamente aos infectados pela Covid-19, a prefeitura também estruturou dois hospitais de campanha, um no Complexo do Anhembi e outro no Estádio do Pacaembu, e reabriu unidades em Indianópolis e no Capão Redondo, viabilizados mediante parceria com a Cruz Vermelha Brasileira e a Universidade de Santo Amaro (Unisa).
Além da construção dos hospitais, a rede foi aprimorada com a ampliação de leitos no Hospital Municipal de M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, na zona sul da cidade.
*Com Agência Brasil
  • Por Jovem Pan
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  • 17/05/2020 14h01

https://jovempan.com.br/noticias/brasil/saude-sp-colapso.html

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