Agricultores do Alto Tietê têm perdas com chuvas Boa parte da produção é perdida e reflete no aumento do preço.
Os agricultores do Alto Tietê estão acumulando prejuízo com as chuvas desse verão.
A quantidade de chuva acumulada passou dos 440 milímetros só no Distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
Além de alface, no sítio da família da Maria Fernanda Vieira tem couve,
acelga, escarola, cebolinha, salsinha, a variedade é grande.
"É uma
época chuvosa e esse ano foi maior que no ano passado e nos outros anos.
E interrompe o ciclo da planta, prejudica a formação das raízes e a
planta não se desenvolve."
Eles abastecem feiras, varejões e mercados, mas está difícil atender a
demanda.
"Fica mais caro o produto, mas para nós não é viável por que
não rende. A gente pede a compreensão de aguardar uns dias e o clima
melhorando, a gente produz melhor", explica o agricultor José Vieira.
O reflexo também é sentido no preço.
A alface crespa, por exemplo,
custa R$ 2, a unidade e não está nem tão bonita. No começo do ano ela
chegou a valer R$ 1.
O consumidor muitas vezes não fica sabendo o motivo dos preços mais
altos e nem o motivo da falta de produtos nas bancas.
"Chegou a R$ 3, o
alface. O chuchu chegou a R$ 6,60 o quilo e o tomate R$ 6, R$ 7 o quilo.
E tem produto em falta como o repolho", afirma o aposentado Antonio
Furquim Rodrigues.
Anitta Betoni da Costa não está satisfeita com a qualidade mas sempre
dá um jeitinho. "A alface está mais mole, não é tão viçosa. Agora, eu
compro em menor quantidade e mais vezes para não desperdiçar o
alimento."
Por Ana Karina Talarico, Diário TV 1ª Edição
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/03/09/agricultores-do-alto-tiete-tem-perdas-com-chuvas.ghtml