Itaquá atinge pela primeira vez nível de homicídio aceitável pela ONU

     Foto: Juliana Oliveira - 

Pela primeira vez, em um período de quase duas décadas, a cidade de Itaquaquecetuba atingiu o índice de homicídio aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU) de menos de dois dígitos, na ordem de 9,85 ocorrências a cada cem mil habitantes. Em 1999 a taxa de assassinatos em Itaquá era de 70,6, uma queda de aproximadamente 14% em 19 anos.
O marco de uma taxa menor que dez, padrão da ONU, é uma conquista para o município. Um dos motivos para Itaquá possuir um dos históricos mais altos de homicídio da região é a correlação entre mortes violentas e falta de infraestrutura socioeconômica da cidade, de acordo com o comandante do 35º Batalhão, o tenente-coronel Anderson Caldeira. "Houve avanços na cidade, tanto por parte da prefeitura quanto do policiamento da PM e investigações da Polícia Civil", afirmou o comandante.
A estratégia da Polícia Militar, segundo Caldeira, é aumentar a presença dos militares e das ações em locais onde exista o tráfico de drogas, já que há a correlação entre mortes e drogas na cidade de Itaquá. "O número de prisões por tráfico e apreensões de drogas aumentou consideravelmente no último ano. Em 2018, a Polícia Militar está atenta desde janeiro, a fim de que novamente cheguemos em dezembro com número aceitável pelo padrão ONU; menor de dez por cem mil habitantes", explicou.
Desde 2016, a cidade vem apresentando queda nos casos de homicídios dolosos, quando há a intenção de matar. A queda das ocorrências, em relação os anos de 2016 e 2017, está na casa dos 21%, somando também aos casos de latrocínio, quando é o crime de roubo seguido de morte. "O mapeamento dos locais aumentou o trabalho cooperativo entre a PM e o setor de homicídios, com o fluxo de informações mais ágeis entre a PM e Polícia Civil", explicou. "Com isso, a eficácia dos inquéritos policiais aumenta e por consequência ocorre a quebra de impunidade pela localização do autor de mortes", completou. Ou seja, a certeza que o criminoso poderia sair ileso de um crime pode não existir mais. 
Médias
As cidades do Alto Tietê que possuem níveis de homicídio a cada cem mil habitantes aceitável pela ONU são Mogi das Cruzes e Poá. Em Ferraz de Vasconcelos o índice se manteve por dois anos na casa das oito ocorrências a cada 100 mil habitantes nos anos de 2014 e 2015. Em 2016 a taxa subiu para 13,65 e caiu novamente no ano passado com a média de 8,08 casos. Poá se mantém no nível aceitável pela ONU desde 2009, excluindo os anos de 2011, 2012 e 2013, com uma média de 7,15. Já Mogi mantém o índice em uma casa decimal desde 2007, pulando os anos em que houve alta nas ocorrências (2008, 2014 e 2015) com a média na ordem de 7,96 casos.
Suzano acompanha Itaquá nas cidades do Alto Tietê com mais de cem mil habitantes que possuem apenas uma taxa abaixo de dez. O município teve seu único registro considerável pela ONU em 2011 com 9,81.
Nayara Francesco* - *Texto supervisionado pelo editor. http://www.portalnews.com.br
 

Trabalho Policial em Itaquaquecetuba

                                2017          2018
Flagrante tráfico            248                269
de drogas
Flagrante crimes             433              450     
diversos 
Números de presos            492               536
Veículos recuperados           723               546 
Fonte: Segurança Secretária Pública de São Paulo (SSP)

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